2010-12-15 12:06:27

Úrsula Juliani, religiosa italiana, mística (séc. XVII-XVIII) foi o tema da audiência geral.


(15/12/2010) A morte não tem a ultima palavra sobre o homem. Por isso devemos manter o olhar fixo no Paraíso, meta do nosso caminho terreno, onde viveremos juntamente com tantos irmãos e irmãs a alegria da comunhão plena com Deus. Foi o que afirmou o Papa Bento XVI durante a audiência geral desta quarta feira dedicada á figura de Santa Verónica Juliani, monja clarissa capuchinha falecida em 1727 depois de uma dolorosíssima agonia de 33 dias
No baptismo recebeu o nome de Úrsula. Três das suas irmãs abraçaram a vida religiosa no convento de Santa Clara na sua cidade natal.

Embora o seu pai quisesse que Úrsula se casasse, ela desejou ardentemente desde criança pertencer totalmente a Jesus. Entrou muito jovem no mosteiro das Clarissas Capuchinhas de Castello, recebendo o nome de Verónica .

Não teve uma vida fácil, mas enfrentou todas as provações por amor a Jesus, com total confiança Nele, oferecendo tudo pela Igreja. Desejava sofrer em união com Cristo pela conversão dos pecadores.

Santa Verónica Juliani teve muitas visões e experiências místicas, escritas por ela no seu diário. Uma apoplexia (afecção cerebral) conduziu-a á morte em 9 de Julho de 1727. Foi beatificada pelo Papa Pio VII e canonizada por Gregório XVI, em 1839.

Bento XVI fez depois um resumo da sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

RealAudioMP3
"Queridos irmãos e irmãs,

Completam-se nestes dias 350 anos do nascimento de Úrsula Juliani, que, aos 17, entrou no mosteiro das Clarissas Capuchinhas na «Città di Castello». Aqui ficará toda a vida, tomando o nome de Verónica, pelo qual é conhecida: Santa Verónica Juliani. A fonte principal para conhecermos a sua espiritualidade é o Diário: sente-se amada por Cristo, Esposo fiel e sincero, e quer corresponder com todo o amor de que é capaz uma criatura. Revela-se uma testemunha corajosa da beleza e da força do Amor divino, que a atrai, invade e abrasa. É o Amor crucificado que se imprimiu na sua carne – como na de São Francisco de Assis – com os estigmas de Jesus. As últimas palavras de Verónica podem considerar-se a síntese da sua apaixonada experiência mística: «Encontrei o Amor, o Amor deixou-Se contemplar!».

Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha cordial saudação de boas-vindas para todos vós. Fortes na fé, possam os vossos corações estar sempre ao serviço dos irmãos por amor de Deus. Sobre vós e vossas famílias, invoco abundantes bênçãos do Céu, sendo a maior e o resumo de todas elas Jesus Cristo, Deus feito homem. A sua presença alegre a vossa vida, como sucedeu com a Virgem Mãe, que O concebeu por obra do Espírito Santo! Feliz Natal!"








All the contents on this site are copyrighted ©.