Roma, 14 dez (RV) - O Arcebispo de Cracóvia, Polônia, Cardeal Stanislaw Dziwisz,
que foi Secretário particular do Papa João Paulo II durante 40 anos, recordou que
para Karol Wojtyla a alegria do Natal era algo que, meditado e contemplado na liturgia
e na vida cotidiana, devia ser compartilhada com os outros.
O Cardeal Dziwisz
fez esta reflexão ao comentar o livro “A Noite das luzes: Páginas e homilias de Natal”
que recolhe diversas intervenções do Papa João Paulo, antes e depois de chegar à Sé
de Pedro, sobre esta importante festa.
Na análise, publicada pelo jornal vaticano
L'Osservatore Romano em sua edição do último dia 10 de dezembro, o Arcebispo recordou
que para João Paulo II “as festas natalinas eram sobretudo um momento muito importante
para celebrar o mistério da encarnação de Deus, quer dizer do Amor que se faz próximo
a todos os homens, quando nasce como menino em Belém”.
Depois de relatar que
o Papa Peregrino celebrava o Natal com toda a Igreja, o Cardeal afirmou que esta festa
“era para o Servo de Deus João Paulo II a festa da família, apesar de que ele mesmo
tinha perdido a sua”: sua mãe morreu quando era menino, a irmã faleceu logo que nasceu,
o irmão mais velho quando era doutor e o seu pai durante a Segunda guerra mundial.
O
Papa polonês celebrava o Natal “com grande alegria com a família de sacerdotes e religiosas
que trabalhavam com ele. Sempre estava rodeado pela ‘família’ de seus estudantes dos
tempos em que foi capelão em São Floriano, em Cracóvia. Convidava-os ao palácio episcopal
em Cracóvia e em Roma, porque acreditava que a alegria do Natal devia ser compartilhada
com os outros”.
No Vaticano, prosseguiu Dom Stanislaw, “celebrava o Natal com
a família pontifícia, composta não só pelos senhores cardeais e monsenhores que trabalhavam
na cúria, mas também pela guarda vaticana e por aqueles que desempenhavam outros serviços”.
Depois
de comentar que João Paulo II também celebrava o Natal com o presépio e a grande árvore
da Praça São Pedro, o Arcebispo de Cracóvia recordou que o Papa Peregrino gostava
“das canções de natal e comidas típicas deste período, porque ajudavam a criar uma
atmosfera inesquecível e viver assim o mistério do nascimento de Deus”.
“O
nascimento do Senhor era para o servo de Deus um mistério a ser contemplado na liturgia
e na vida cotidiana e que, contemplado, deve ser compartilhado com outros”. (SP)