2010-12-14 12:53:27

JOÃO PAULO II E O NATAL


Roma, 14 dez (RV) - O Arcebispo de Cracóvia, Polônia, Cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi Secretário particular do Papa João Paulo II durante 40 anos, recordou que para Karol Wojtyla a alegria do Natal era algo que, meditado e contemplado na liturgia e na vida cotidiana, devia ser compartilhada com os outros.

O Cardeal Dziwisz fez esta reflexão ao comentar o livro “A Noite das luzes: Páginas e homilias de Natal” que recolhe diversas intervenções do Papa João Paulo, antes e depois de chegar à Sé de Pedro, sobre esta importante festa.

Na análise, publicada pelo jornal vaticano L'Osservatore Romano em sua edição do último dia 10 de dezembro, o Arcebispo recordou que para João Paulo II “as festas natalinas eram sobretudo um momento muito importante para celebrar o mistério da encarnação de Deus, quer dizer do Amor que se faz próximo a todos os homens, quando nasce como menino em Belém”.

Depois de relatar que o Papa Peregrino celebrava o Natal com toda a Igreja, o Cardeal afirmou que esta festa “era para o Servo de Deus João Paulo II a festa da família, apesar de que ele mesmo tinha perdido a sua”: sua mãe morreu quando era menino, a irmã faleceu logo que nasceu, o irmão mais velho quando era doutor e o seu pai durante a Segunda guerra mundial.

O Papa polonês celebrava o Natal “com grande alegria com a família de sacerdotes e religiosas que trabalhavam com ele. Sempre estava rodeado pela ‘família’ de seus estudantes dos tempos em que foi capelão em São Floriano, em Cracóvia. Convidava-os ao palácio episcopal em Cracóvia e em Roma, porque acreditava que a alegria do Natal devia ser compartilhada com os outros”.

No Vaticano, prosseguiu Dom Stanislaw, “celebrava o Natal com a família pontifícia, composta não só pelos senhores cardeais e monsenhores que trabalhavam na cúria, mas também pela guarda vaticana e por aqueles que desempenhavam outros serviços”.

Depois de comentar que João Paulo II também celebrava o Natal com o presépio e a grande árvore da Praça São Pedro, o Arcebispo de Cracóvia recordou que o Papa Peregrino gostava “das canções de natal e comidas típicas deste período, porque ajudavam a criar uma atmosfera inesquecível e viver assim o mistério do nascimento de Deus”.

“O nascimento do Senhor era para o servo de Deus um mistério a ser contemplado na liturgia e na vida cotidiana e que, contemplado, deve ser compartilhado com outros”. (SP)







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