ÁFRICA: TRABALHO DA IGREJA CATÓLICA NA LUTA CONTRA AIDS
Roma, 13 dez (RV) - "A Igreja Católica na África é a instituição que mais ajuda
as vítimas da AIDS e, para homens, mulheres e crianças que têm a doença, a Igreja
não é apenas um organismo que presta serviços, mas é uma Mãe" – disse o sacerdote
jesuíta Michael Czerny, fundador da Rede dos Jesuítas Africanos contra a AIDS (African
Jesuit AIDS Network).
O sacerdote jesuíta fundou essa rede, em 2002, a fim
de ajudar os jesuítas na África a enfrentar o problema da AIDS. Agora, Pe. Czerny
está, em Roma, trabalhando como assistente do presidente do Pontifício Conselho da
Justiça e Paz, Cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, segundo informações da agência
de notícias Zenit.
Pe. Czerny trabalhava como secretário de Justiça Social
na casa dos jesuítas de Roma e alguns jesuítas da África alertaram sobre a pandemia
de AIDS. "Em Roma, trabalhamos durante dois anos com os colegas da África para propor
medidas; e essas medidas deveriam incluir uma rede de apoio e comunicação. Assim,
foi fundado o African Jesuit AIDS Network, em meados de 2002" – frisou o sacerdote
jesuíta.
Segundo Pe. Czerny, a Igreja Católica é a primeira instituição que
cuida dos portadores do vírus HIV e sofrem de AIDS, além de cuidar também daqueles
que são afetados – especialmente as viúvas, órfãos e outras pessoas que carregam esse
fardo. "É muito amplo o leque de tarefas realizadas pela Igreja" – sublinhou.
No
âmbito médico, talvez no mundo inteiro, a Igreja ofereça 25% dos serviços às vítimas
da AIDS. Segundo o sacerdote, a média na África é de 40% ou 50% da ajuda oferecida
pela Igreja. Quanto mais longe se está de grandes cidades, mais perto de 100% a Igreja
estará. Muitas vezes, os únicos serviços contra a AIDS em áreas remotas são as clínicas
da Igreja. (MJ)