2010-12-13 18:11:29

Presidente da conferencia episcopal portuguesa assinalou 20 anos da Fundação Evangelização e Culturas e apelou ao voluntariado em países de língua portuguesa


(13/12/2010) O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, apelou hoje a uma maior adesão ao voluntariado, sobretudo na comunidade de países de língua portuguesa, contestando o “exagero” da burocracia que dificulta este tipo de trabalho.
“Urge na Igreja e em Portugal promover um maior e mais consciente voluntariado”, afirmou o arcebispo de Braga na abertura do seminário “Fé e Cooperação” que hoje decorre em Lisboa.
A iniciativa visa assinalar o 20.º aniversário da Fundação Evangelização e Culturas, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD), instituída pela Igreja Católica em Portugal (Conferência Episcopal e Institutos Religiosos).
A FEC surgiu em 1990, na sequência das celebrações dos 500 anos da Evangelização das Igrejas Lusófonas, e tem como missão “fomentar, potencializar e coordenar as vontades e os meios da Igreja portuguesa no seu relacionamento e cooperação com os países lusófonos”.
Para o arcebispo de Braga, a cooperação com a comunidade de países de língua portuguesa deve ser reforçada, sublinhando que o voluntariado “não empobrece quem parte e enriquece imenso” quem o recebe.
“Reconhecemos ainda hoje o exagero de demasiadas burocracias, mas muitas dificuldades foram já ultrapassadas. Sentimos porém que o intercâmbio podia ser mais facilitado sem fugir às exigências da legalidade”, apontou o presidente da CEP.
Além do voluntariado, o apelo de Jorge Ortiga abrangeu também os patrocinadores, com o arcebispo de Braga a incentivar as instituições a contribuírem para uma “justa distribuição” de recursos.
“A crise não justifica que nos fechemos, pode ser uma porta que se abre a novas aventuras com resultados para os dois lados”, declarou.
No mesmo seminário, o antigo presidente da República Jorge Sampaio apelou por seu lado a um maior diálogo inter-religioso.
“Os tempos não vão fáceis. Por isso é que é tão necessário que cada civilização, cada religião e cada cultura seja capaz de praticar no seu próprio interior a tolerância, o reconhecimento da liberdade de consciência e o direito à diferença”, afirmou, enquanto alto representante da Aliança das Civilizações, iniciativa das Nações Unidas.
Para Jorge Sampaio, o diálogo entre culturas e religiões “é o melhor contraponto para o isolamento e para o confronto” e também um incentivo à tolerância e ao entendimento.
Redacção/Lusa/Ecclesia








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