Roma, 13 dez (RV) - A Fundação Masihi, que está assessorando legalmente Asia
Bibi, a primeira mulher cristã condenada à morte no Paquistão com a acusação de blasfêmia,
teme que ela seja executada na prisão.
A fundação lançou este alerta à agência
vaticana Fides poucos dias depois que o líder extremista muçulmano Yousaf Qureshi
ofereceu uma recompensa de 500 mil rupias (cerca de seis mil dólares) a quem assassinasse
a mulher cristã.
“É necessário continuar a campanha pela sua liberação imediata
e pela abolição da lei sobre a blasfêmia. É uma questão fundamental para o respeito
dos direitos humanos no Paquistão”, declarou à agência Fides, o Presidente da “Fundação
Masihi”, Haroon Barket Masih, recordando o Dia dos Direitos humanos da ONU que se
celebrou no último dia 10 de dezembro.
A agência vaticana também informou que
Ansar Burney, reconhecido intelectual muçulmano paquistanês e ex-ministro do Paquistão
para os Direitos humanos compartilha a denúncia e enviou uma carta ao Presidente Ali
Zardari e ao Primeiro-ministro Gilani. Na carta ele pede que sejam reforçadas as medidas
de segurança para Asia Bibi e que sejam oficialmente perseguidos todos os que pediram
publicamente que ela fosse assassinada.
Burney recordou que até hoje, 33 pessoas
acusadas de blasfêmia foram assassinadas no cárcere ou durante o processo judicial,
como ocorreu com os irmãos cristãos Rashid e Sajid Emmanuel, assassinados a tiros
em frente ao tribunal de Faisalabad, em julho de 2010. (SP)