2010-12-10 12:23:16

DIA INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS DEDICADO AOS ATIVISTAS


Genebra, 10 dez (RV) – Hoje comemora-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Na sede das Nações Unidas em Genebra, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, deverá acolher ativistas provenientes de todo o mundo.

Em uma coletiva de imprensa, ontem, Navi definiu a situação dos Direitos Humanos no mundo como “bastante deprimente” e que está dando sinais de agravamento.

Navi e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disseram que as Nações Unidas estão dedicando esse dia a todos os ativistas de direitos humanos do mundo, que definiram como heróis anônimos.

Numa mensagem transmitida pela Rádio Onu, Ban Ki-moon disse que mulheres e homens corajosos têm em comum o compromisso de expor irregularidades, acabar com a impunidade e proteger os mais fracos. Ele lembrou também que, em muitos países, defensores de direitos humanos são torturados, agredidos e até assassinados, sendo as agressões estendidas a familiares e amigos.

Mulheres que se engajam na luta pelos direitos humanos, muitas vezes, enfrentam riscos adicionais e, por isso, precisam de mais apoio.

Concluindo, Ban Ki-moon afirmou que os Estados têm a responsabilidade primária de proteger os defensores dos direitos humanos e pediu aos países que assegurem a liberdade de expressão e de reunião para possibilitar o trabalho dos ativistas em todo o mundo.

Os direitos humanos são a base da liberdade, da paz, do desenvolvimento e da justiça.

Ainda por ocasião do Dia Internacional dos Direitos Humanos, o diretor das Pontifícias Obras Missionárias no Paquistão, Pe. Mario Rodrigues, disse que esta data “é uma ocasião para focalizar a atenção nos artigos do Código Penal do país, que contemplam a chamada "Lei sobre a blasfêmia", pois tais artigos justificam a injustiça, as discriminações e as perseguições, e devem ser abolidos”.

De acordo com Pe. Mario, a lei atinge as minorias religiosas, mas também os muçulmanos. “Por isso – disse o sacerdote – gostaria de confirmar o que dizem os líderes islâmicos moderados, ou seja, que essa lei é uma traição também para o Islamismo, pois não está no Alcorão, e Maomé certamente não desejaria que se cometessem violências e assassinatos em seu nome.”

Pe. Mario lembrou que a celebração do Dia Internacional dos Direitos Humanos se dá em um momento de tensões e crise para o Paquistão, lembrando também o caso Asia Bibi, a mulher cristã condenada à morte, enquadrada na Lei sobre a blasfêmia. (ED)







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