2010-12-09 11:53:59

DIVULGADO DOCUMENTO FINAL DE ENCONTRO SOBRE MIGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA


Bogotá, 09 dez (RV) - “Para uma melhor pastoral das migrações econômicas e forçadas na América Latina e no Caribe”: foi o tema do Encontro Continental Latino-americano de Pastoral dos Migrantes, que se realizou em Bogotá, Colômbia, entre os dias 17 e 20 novembro passado, organizado pelo Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, em colaboração com a Seção de Mobilidade Humana do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano).

Ontem, mais de duas semanas após a conclusão dos trabalhos foi publicado o documento final da iniciativa, que analisa vários aspectos das migrações na América Latina, incluindo “a chegada de refugiados, requerentes de asilo e migrantes provenientes da África e da Ásia, assim como a migração forçada, devido a desastres ecológicos”. Observou-se também o crescente fenômeno da migração de retorno. Diante de tudo isto – lê-se no documento citado pela agência Sir – sentiu-se “a necessidade urgente de ajudar os imigrantes e todos aqueles que se sentem deslocados e perdidos neste duro caminho, para que se sintam em casa na terra que lhe oferece o pão para viver e na Igreja onde o Pão da Vida, alimenta novas esperanças”.

Em termos mais gerais, o documento constata que “há um notável aumento tanto da emigração quanto da imigração, da migração feminina, das deportações maciças e do tráfico de pessoas, resultado também da globalização, da crise do mercado liberal e da economia global, em geral”. O texto final também contém recomendações. Em primeiro lugar, o convite à comunidade cristã e a todas as organizações dos países de destinação “para que apóiem as iniciativas que buscam estabelecer organizações de imigrantes, para que eles mesmos possam oferecer a sua contribuição como atores e interlocutores na sociedade que os acolhe”.

É essencial, então, que aqueles que trabalham em favor dos migrantes aprendam a escutá-los, e isso é “de suma importância para restituir-lhes dignidade”. Uma recomendação também a envolver diretamente os próprios migrantes em ações ativas em favor de outras pessoas que compartilham a sua condição, de forma a criar “sinergia”. Importante a formação dos migrantes, “tanto na vida de fé, como na vida profissional e de trabalho, procurando ajudá-los a aprender a língua do país de chegada”. Ainda mais importante “respeitar os direitos dos trabalhadores migrantes e reforçar a integração entre as estruturas das organizações de trabalhadores que já existem”. Um convite às comunidades cristãs a “fortalecerem as organizações nas áreas de fronteira, formando pontes sólidas em favor dos migrantes e daqueles que são forçados a deixar suas casas, acompanhando especialmente os deportados ou os expulsos, e aqueles que decidem voluntariamente de retornar aos seus países de origem”. (SP)







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