Documento final do encontro continental latino - americano de Pastoral das Migrações
(8/12/2010) Para uma melhor pastoral das migrações económicas e forçadas na América
Latina e Caraíbas é o tema do encontro continental latino-americano de pastoral das
migrações que se efectuou em Bogotá na Colômbia de 17 a 20 de Novembro passado. A
mais de duas semanas da conclusão dos trabalhos foi agora publicado o documento final
da iniciativa que examina vários aspectos do fenómeno migratório na América Latina,
entre os quais a chegada de refugiados, pessoas que pedem asilo e migrantes provenientes
da África e da Ásia, assim como as migrações forçadas por causa de desastres ecológicos
. Depois foi observado o fenómeno crescente das migrações de retorno. Perante esta
situação sentiu-se a urgência de ajudar os migrantes e todos aqueles que se encontram
desorientados neste duro caminho, de maneira que se sintam como em sua casa na terra
que lhes oferece o pão para viver e na Igreja onde o Pão da vida alimenta novas esperanças.
Mais em geral no documento observa-se que existe um notável aumento tanto da emigração
como da imigração, da feminilização da migração, das deportações maciças e do trafico
de migrantes e de pessoas, fruto também da globalização, da crise do mercado liberal
e da economia global em geral. O testo final contém também recomendações. Antes de
mais o convite ás comunidades cristãs e a todas as organizações dos países de destino
de sustentarem as iniciativas que procuram constituir organizações de migrantes de
maneira que estes possam dar o seu contributo como actores e interlocutores na sociedade
de chegada. Depois é indispensável que aqueles que trabalham a favor dos migrantes
aprendam a escutá-los e isto é de capital importância para lhes restituir a dignidade
humana. Recomenda-se ainda que os próprios migrantes sejam envolvidos directamente
nas acções activas a favor de outras pessoas que partilham a sua mesma condição,
de maneira a criar sinergia. É importante a formação dos migrantes tanto na vida
de fé como na vida Professional e de trabalho, esforçando-se no sentido de os ajudar
a aprender a língua do pais que os acolhe. Ainda mais importante é o respeito dos
direitos dos trabalhadores migrantes e a consolidação da integração entre as estruturas
das organizações de trabalhadores já existentes.