DIMINUEM AS DOAÇÕES PARA A LUTA CONTRA A AIDS NA ÁFRICA
Roma, 06 dez (RV) - Uma diminuição de doadores, o não cumprimento dos compromissos
assumidos e a falta de vontade política: a Rede Jesuíta africana contra AIDS (AJAN)
denunciou a indiferença mundial em relação a propagação do vírus HIV no continente,
por ocasião do Dia da luta contra a AIDS, que foi comemorado na última quarta-feira,
1º de dezembro. A agência de notícias Zenit relatou trechos da mensagem assinada pelo
presidente dos Superiores Maiores da África e Madagascar, Padre Fratern Masawe, na
qual manifesta preocupação com “a diminuição da participação internacional na luta
contra a pandemia, que se reflete na grave falta de financiamento para o tratamento
anti-retroviral para salvar vidas humanas”.
Isso se concretiza em uma consistente
diminuição dos financiamentos, fato que “coloca em risco o considerável, embora não
suficiente, progresso realizado até este momento na extensão dos tratamentos aos países
em desenvolvimento”. Padre Masawe fala então da sua abordagem ao trabalho, que integra
o aspecto espiritual, psico-social e material às necessidades médicas dos pacientes.
Jesuítas e leigos oferecem apoio e assistência aos soropositivos na África
em estruturas de vários tipos: escolas, paróquias, universidades, centros comunitários
e hospitais, levando a todos os lugares a sua mensagem pró-vida e de prevenção. A
AJAN foi criada em 2002 e desde então tem incentivado os jesuítas a “responderem ao
HIV / AIDS de modo eficaz, evangélico e coordenado, com compaixão, agradecimento e
a confiança em Jesus Cristo”. Atualmente atua em 150 projetos em 22 países da África
Subsariana. (SP)