BENTO XVI: CONSTRUIR A PAZ TUTELANDO A VIDA, O AMBIENTE E A INTEGRIDADE SOCIAL
Cidade do Vaticano, 03 dez (RV) - A Costa Rica não deixe de ensinar a seus
jovens que o progresso do país é possível somente lutando contra a corrupção e a delinqüência,
promovendo leis que defendam a vida e a família e o ambiente natural.
Esse
é o pensamento de fundo do discurso de Bento XVI dirigido na manhã desta sexta-feira
ao novo embaixador da Costa Rica junto à Santa Sé, Fernando Felipe Sánchez Campos,
recebido em audiência para a apresentação de suas credenciais.
A terra de vocês
é um país "onde a beleza é feita de montanhas e de planaltos, de rios e mar, de vento
e ar que dão impulso a um povo acolhedor, orgulhoso de suas tradições", um povo que
há séculos acolheu favoravelmente a semente do Evangelho, germinada "em muitas iniciativas
educacionais, de saúde e de desenvolvimento humano".
Começa de modo quase poético
a análise, na realidade muito concreta, que o Santo Padre faz da Costa Rica, uma das
muitas nações de tradições latino-americanas em que herança cristã e fuga rumo ao
relativismo dos valores constituem uma questão complexa a ser enfrentada.
Ser
cristãos – afirmou o Papa – certamente ensina aos jovens costarriquenhos "que, em
Cristo, o Filho de Deus, o homem pode sempre encontrar a força para lutar contra a
pobreza, a violência doméstica, o desemprego e a corrupção, garantir a justiça social,
o bem comum e o progresso de toda a pessoa (...) Nesse contexto, a autoridade pública
deve ser a primeira a considerar isso para o bem de todos, trabalhando, sobretudo,
como uma força moral que exalta a liberdade e o sentido de responsabilidade de cada
um."
O Pontífice fez uma evocação a tudo aquilo que de nobre e sagrado pode
existir nos valores civis e espirituais de um Estado e, ao mesmo tempo, uma exortação,
em primeiro lugar, a que administra a coisa pública, para que dê o exemplo do que
significa serviço ao bem comum.
"É importante que as autoridades não hesitem
a repelir com firmeza a impunidade, a delinqüência juvenil, o trabalho infantil, a
injustiça e o tráfico de droga, promovendo medidas importantes como a segurança pública,
uma formação adequada para as crianças e os jovens, com uma atenta consideração em
relação aos detentos, uma eficaz assistência de saúde para todos, especialmente para
os mais necessitados e os anciãos, e com programas que permitam às pessoas obter uma
habitação e trabalho dignos". (RL)