Cidade do Vaticano, 02 dez (RV) - Mais uma vítima ontem, entre os cristãos
do Iraque: um jovem foi morto em Mosul, em uma emboscada em que seu irmão ficou ferido.
Ainda ontem, Bento XVI se reuniu com os feridos do atentado de Bagdá do último dia
31 de outubro, e que se encontram internados na Policlínica Gemelli, em Roma.
Uma
saudação a cada um, palavras de conforto, proximidade e oração, o abraço do Papa que
se alarga aos cristãos que vivem em todas as áreas do mundo onde eles são vítimas
de violência e injustiça.
Bento XVI, na conclusão da udiência geral de ontem,
encontrou – numa sala reservada - 26 pessoas que ficaram feridas no atentado de 31
de outubro, na catedral sírio-católica de Bagdá, que, acompanhadas por parentes, foram
trazidas para a Itália para tratamento. O Papa recordou também as 57 vítimas do atentado,
das quais lhe foram mostradas algumas fotos.
Tudo isto ocorreu no dia em que
a comunidade cristã no Iraque chorou outra vida ceifada: de acordo com o site local
da agência “Ankawa”, trata-se de Fady Walid Jibrail, um jovem protestante de 26 anos
que trabalhava em uma mercearia, assassinado a tiros no meio de uma rua de Mossul.
Na emboscada o irmão também ficou ferido: na semana passada outros dois irmãos, católicos,
foram assassinados na zona industrial da mesma cidade.
A comunidade cristã
no Iraque na década de 90 contava um milhão de pessoas: hoje são menos da metade,
somente na capital de 450 mil, hoje são pouco mais de 150 mil pessoas. Muitas famílias
decidiram fugir para o exterior ou para áreas consideradas mais seguras: 86 famílias
chegaram a Suleiman, no Curdistão iraquiano, onde já vivem 40. Aqueles que decidiram
permanecer em Bagdá receberam a solidariedade dos líderes do clero islâmico sunita
e xiita da cidade. (SP)