2010-12-02 14:01:07

O Papa na Missa de sufrágio por Manuela Camagni: uma pessoa interiormente penetrada da alegria, que provém da memória de Deus”.


2/12/2010) Bento XVI celebrou esta manhã, na capela Paulina, do Vaticano, uma Missa de sufrágio por Manuela Camagni, leiga consagrada no instituto “Memor Domini”, que fazia parte da “família pontifícia”, trabalhando e vivendo nos apartamentos papais, falecida tragicamente, vítima de atropelamento numa rua de Roma, no passado dia 23 de Novembro.
Na homilia, o Papa recordou com profunda gratidão o testemunho de fé, sabedoria e caridade da defunta, detendo-se no significado da expressão “memória de Deus” (em alusão ao “Memor Domini” do nome adoptado por este grupo de leigas consagradas).

“Na profundidade do nosso ser está inscrita a memória do Criador” – escreveu São Boaventura. Precisamente porque “esta memória está inscrita no nosso ser”, é que “nós podemos recordar-nos d’Ele, ver as suas marcas” na natureza criada. Uma “memória” – observou – que “não é só memória de um passado, porque a origem está presente, é memória da presença do Senhor”.

“É também memória do futuro, porque é certeza de que vimos da bondade de Deus e que somos chamados a chegar à bondade de Deus. Por isso, nesta memória está presente o elemento da alegria, a nossa origem na alegria que é Deus e a nossa chamada a chegar à grande alegria. E sabemos que Manuela era uma pessoa interiormente penetrada da alegria, daquela alegria que provém da memória de Deus”.

“Manuela não era daquelas pessoas que se esqueceram da memória. Ela viveu precisamente na memória viva do Criador. Na alegria da sua relação, vendo a transparência de Deus em todo o mundo criado, mesmo nos acontecimentos quotidianos da nossa vida, ela compreendeu que é desta memória que provém a alegria”

“Deus não é um Deus dos mortos, é um Deus dos vivos e quem faz parte do nome de Deus, quem está na memória de Deus está vivo. Mais ainda: nós, homens, com a nossa memória, infelizmente só podemos conservar uma sombra das pessoas que amámos. Mas a memória de Deus não conserva só sombras, é origem de vida. E é aí que vivem os mortos, na Sua vida e com a Sua vida, entraram na memória de Deus, que é vida”.








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