2010-12-02 13:14:49

CAZAQUISTÃO: EXPECTATIVA DA IGREJA LOCAL PELA VISITA DO CARDEAL BERTONE


Astana, 02 dez (RV) - "A Igreja Católica no Cazaquistão, exígua minoria, espera que a visita ao país do Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, ajude a solucionar duas questões fundamentais: a liberação de vistos concedidos aos missionários estrangeiros e a abertura à liberdade religiosa" – foi o que disse numa entrevista à Agência Fides o missionário franciscano Pe. Guido Trezzani, OFM, que vive há 15 anos no Cazaquistão.

O sacerdote é o fundador e diretor da comunidade "Vilarejo de Arca", em Talgar, nas proximidades de Almaty, que acolhe crianças portadoras de deficiências, órfãs ou com dificuldades familiares.

O Cardeal Bertone lidera a delegação da Santa Sé na reunião da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) que se conclui hoje em Astana.

O purpurado explicou ter recebido com alegria o convite das autoridades cazaques, sobretudo pela oportunidade de ir a um país onde existe a possibilidade de uma serena e profícua convivência religiosa.

Pe. Trezzani sublinhou que a comunidade católica nos últimos ressaltou as esperanças em relação a duas importantes questões que afetam a vida do povo cazaque: "a primeira é a dificuldade na liberação e na renovação de vistos aos missionários estrangeiros; as limitações da liberdade religiosa, até compreensível para um país que quer impedir a difusão de grupos extremistas presentes na região da Ásia central, mas, desse modo, penalizam também as minorias religiosas como a nossa Igreja, que não trazem nenhum perigo" – frisou o sacerdote.

O país mantém um controle rigoroso sobre todas as atividades religiosas e as comunidades religiosas devem ser registradas para não ficarem na ilegalidade, nenhuma atividade missionária é permitida sem autorização estatal.

Nessa situação, ressaltou Pe. Trezzani, "a comunidade católica está, apesar de tudo, recebendo crescentes demonstrações de confiança das autoridades civis, e isso traz esperanças. A nossa vida em Arca é testemunhar. Atualmente são as próprias estruturas assistenciais estatais a nos trazer e confiar as crianças portadoras de deficiências ou aquelas que não podem cuidar" – concluiu o missionário. (MJ)








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