Timfu, 02 dez (RV) - O Reino do Butão é conhecido por ser um país ideal, onde
a felicidade dos cidadãos é medida pelo índice econômico, mas tal felicidade parece
ser fictícia, pois esconde freqüentes violações dos direitos humanos e contra as minorias
étnicas e religiosas do país, segundo informações da AsiaNews.
Desde 2006,
o Governo local iniciou a promover a democracia, após anos de monarquia absoluta que
proibia a prática de religiões diferentes do budismo. Todavia, na nova Constituição,
de 2008, se proíbe o preselitismo, a publicação de Bíblias, a construção de escolas
cristãs e a entrada no país de religiosos.
Depois do caso do cristão Prem
Singh Gurung, condenado a três anos de reclusão por ter projetado um filme sobre a
vida de Jesus, agora outros dois cristãos estão sendo procurados, acusados de fazerem
proselitismo entre os habitantes de Jigmecholin.
Em 27 de novembro passado,
em Nova Délhi, pela primeira vez alguns representantes do Reino do Butão participaram
de uma conferência sobre direitos humanos organizada pela South Asian for human rights.
Tek Nath Rizal, um dos representantes, pediu à comunidade internacional para
pressionar o Governo em favor da libertação dos cristãos que estão presos. Rizal denunciou
também a situação dos dissidentes políticos, muitas vezes vítimas de torturas nos
cárceres, e dos 80 mil deslocados nepaleses há mais de 10 anos em exílio. (MJ)