RELATÓRIO REVELA: CRISTÃOS SÃO OS FIÉIS MAIS PERSEGUIDOS
Cidade do Vaticano, 25 nov (RV) - Um relatório da Fundação "Ajuda à Igreja
que Sofre" (AIS) revela que o número de violações à liberdade religiosa tende a aumentar,
e que a intolerância em relação aos cristãos está crescendo, até mesmo nos países
ocidentais.
No relatório de 2010 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, que
analisa a situação em 194 países, a AIS considera particularmente preocupantes "as
discriminações com base na religião, em especial na área de predomínio islâmico, e
a hostilidade face à religião com motivações políticas".
O documento elenca
cerca de 20 países onde ocorrem "graves restrições ou muitos episódios de intolerância
social ou legal ligados à religião": Arábia Saudita, China, Coreia do Norte, Cuba,
Egito, Índia, Irã, Iraque, Maldivas, Mianmar, Paquistão, Somália e Sudão, entre outros.
O
relatório indica que Igreja foi praticamente extinta na Coreia do Norte, enquanto
nas ilhas Maldivas, a prática do Cristianismo é proibida. A intolerância religiosa
continua a aumentar e os cristãos têm sido as principais vítimas, segundo dados oficiais.
Dados da agência missionária de notícias FIDES, da Congregação para a Evangelização
dos Povos, revelam que 75% das perseguições registradas têm como alvo os cristãos.
As
perseguições acontecem por várias razões: ódio religioso, como no Iraque ou no Paquistão;
ou motivos políticos, como na China e na Coreia do Norte, por exemplo, onde a comunidade
cristã já foi praticamente extinta.
"Na Coreia do Norte, podemos falar de um
dos casos mais extremos de extermínio da comunidade cristã. Neste momento, a Igreja
não tem clero, a prática do culto é impossível e a comunidade católica não excede
200 fiéis, segundo a agência AsiaNews, especializada nessa área do mundo."
Mais
surpreendente é o caso das Maldivas: essa meta turística, muito procurada em virtude
de suas praias paradisíacas, proíbe os cristãos de expressarem sua fé. (AF)