Roma, 24 nov (RV) - Asia Bibi, uma mulher cristã condenada à morte no Paquistão
por blasfêmia por um tribunal local, é inocente. É o que afirma o ministro paquistanês
para as minorias, Shahbaz Bhatti, que apresentará seu relatório sobre o caso de Asia
Bibi ao presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari. O porta-voz da Presidência do Paquistão
também declarou à agência AsiaNews, que examinará o pedido de clemência feito pela
família.
Várias grupos ameaçaram manifestações de protesto em todo o país
se Zardari assinar o procedimento de clemência. Segundo o jornal “The Christian Post”,
o chefe de Estado paquistanês já teria concedido a graça. A notícia, no entanto, não
foi confirmada. No Paquistão, uma televisão privada informou que Ásia Bibi já tinha
sido liberada. Após o anúncio, várias pessoas foram até a prisão onde a mulher estaria
detida. Os reponsáveis pela penitenciária, ao invés, reafirmaram que Asia Bibi ainda
se encontrava na prisão.
Sobre o assunto se sucedem declarações e desmentidos.
Segundo a agência do Kuwait, “Kuna” e a “Christian Concern International”, Asia Bibi
foi libertada e levada para um local secreto por razões de segurança. O Arcebispo
de Lahore Dom Lawrence John Saldanha, contatado pela Rádio Vaticano, porém, desmentiu
essa notícia.
A notícia da libertação de Asia Bibi, se e quando for confirmada,
será acompanhada por expressões de alegria da comunidade cristã e de grande parte
da comunidade paquistanesa, mas também por ameaças de morte por parte de grupos extremistas.
(SP)