Percorrer o caminho do amor indicado por Deus, foi o convite do Papa antes da recitação
do Angelus. Bento XVI uniu-se á oração pelo Iraque e pela liberdade religiosa e convida
a sustentar os mosteiros de clausura
(21/11/2010) O Senhor revela-nos e convida-nos a percorrer o caminho do amor , disse
Bento XVI antes da recitação do Angelus, do meio dia dirigindo-se ás cerca de 60 mil
pessoas congregadas na Praça de S. Pedro, muitas das quais tinham participado na
Missa celebrada pelo Papa durante a manhã na Basílica de S. Pedro. O Papa recordou
que o caminho do amor que o Senhor nos revela e nos convida a percorrer, o podemos
contemplar também na arte cristã, com a imagem difusíssima do Senhor que retorna
como Rei, a imagem da esperança, e aquela do Juízo final como imagem da responsabilidade
pela nossa vida: esperança no amor infinito de Deus e empenho de ordenar a nossa vida
segundo o amor de Deus. Quando contemplamos as representações de Jesus inspiradas
no Novo Testamento –observou Bento XVI - citando os antigos edifícios cristãos nos
quais duas paredes opostas eram dedicadas respectivamente a Cristo Rei e ao Juízo
Universal - somos levados a compreender a sublimidade da humilhação do Verbo de Deus
e a recordar a sua vida na carne, a sua paixão e morte salvífica, e a redenção que
dali derivou para o mundo. Sim disso precisamos, precisamente para nos tornarmos
capazes de reconhecer o coração trespassado do Crucificado , o mistério de Deus. Bento
XVI lembrou a jornada de oração pelos mosteiros de clausura, renovando o convite a
“apoiar concretamente estas comunidades”. O Papa quis unir-se também á oração
promovida pelos bispos italianos, pelos cristãos do Iraque e a favor da liberdade
religiosa. Estou próximo das populações iraquianas pelo elevado testemunho de fé que
prestam a Deus. Mais à frente, o Papa assinalou a “jornada das vítimas da estrada”
e deixou um apelo em favor da “prevenção, que está a dar bons resultados, recordando
sempre que a prudência e o respeito pelas normas são a primeira forma de tutela de
si e dos outros”. Não faltou neste Domingo uma saudação em português: Dirijo uma
cordial saudação a todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente aos brasileiros
que vieram participar do Consistório para a Criação de novos Cardeais. Peçamos à Nossa
Senhora que interceda junto ao Seu Filho, Rei do Universo, para que esta seja uma
ocasião de reafirmar a unidade e a catolicidade da Igreja.