Cidade do Vaticano, 17 nov (RV) – O Papa Bento XVI se encontrou nesta manhã
de quarta-feira com os fiéis e peregrinos de todas as partes do mundo durante a habitual
audiência-geral na Praça São Pedro. A catequese de hoje o Papa dedicou a Santa Juliana
de Cornillon, natural da Bélgica e que viveu no fim do século XII. Falando em português
o Santo Padre fez uma síntese de sua catequese e saudou os fiéis de língua portuguesa.
Presente na audiência um grupo de fiéis da cidade de Aparecida, SP e de Curitiba,
PR. Eis o que disse Bento XVI.
Queridos irmãos e irmãs,
Santa
Juliana de Cornillon nasceu perto de Liegi, na Bélgica, no último decênio do século
doze. Tinha dezesseis anos, quando, numa visão, lhe apareceu a lua no máximo do seu
esplendor mas cingida com uma faixa escura que a atravessava diametralmente. O Senhor
fez-lhe compreender que a lua simbolizava a vida da Igreja sobre a terra, a faixa
negra exprimia a ausência duma festa litúrgica na qual os cristãos pudessem adorar
a Eucaristia para aumentar a sua fé e reparar as ofensas ao Santíssimo Sacramento.
Por outras palavras, faltava a Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, que hoje
temos, instituída pelo Papa Urbano IV cinquenta anos depois da referida visão e por
influência dela; este Papa, durante o seu ministério de arcediago precisamente em
Liegi, tinha conhecido Santa Juliana e deixara-se conquistar para a boa causa da Festa
do Corpo de Deus. Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação
cordial a todos vós, em especial aos grupos brasileiros de Curitiba e de Propriá.
O céu cubra de graças os passos da vossa vida e os preserve do pecado, para que os
vossos corações possam domingo-a-domingo hospedar Jesus-Eucaristia no meio dos homens.
Sobre vós, vossos familiares e comunidades eclesiais, desça a minha Bênção.
No final da
audiência, o Papa fez um apelo em favor dos cristãos no Paquistão.
"Nestes
dias, a comunidade internacional acompanha com grande preocupação a difícil situação
dos cristãos no Paquistão, que muitas vezes são vítimas de violências ou discriminação"
– frisou Bento XVI.
"De modo particular, hoje, expresso minha proximidade
espiritual à senhora Asia Bibi e seus familiares, e peço para que, o quanto antes,
lhe seja restituída a plena liberdade. Além disso, rezo por aqueles que se encontram
em situações análogas, para que sua dignidade humana e seus direitos fundamentais
sejam plenamente respeitados" - concluiu o Papa. (SP/MJ)