ALÉM DO TERREMOTO E DO CÓLERA, MANIFESTAÇÕES BALANÇAM O HAITI
Porto Príncipe, 17 nov (RV) – A situação no Haiti está difícil de ser controlada.
Em todos os sentidos. Manifestações, nas cidades de Cap-Haitien e Hinche, deixaram
várias pessoas feridas – entre elas seis soldados da ONU - e um manifestante foi morto.
Os protestos eram contra o surto de cólera, que já matou mais de mil pessoas no país.
As
agressões começaram devido à suspeita de que a epidemia da doença teria sido iniciada
por um soldado das forças de paz da ONU que estaria contaminado. Testes de laboratório,
porém, não confirmam essa alegação. O que se sabe, até agora, é que esse tipo de vírus
é proveniente da Ásia.
De acordo com a Rádio ONU, a Missão de Estabilização
das Nações Unidas no Haiti, Minustah, que é comandada pelo general brasileiro Luiz
Guilherme Paul Cruz, disse que os incidentes desta segunda-feira têm motivação política.
A
missão afirmou que "a forma pela qual os incidentes ocorreram, leva a crer que o objetivo
era criar um clima de insegurança às vésperas das eleições na ilha caribenha". Presidente
e parlamentares serão eleitos no próximo dia 28.
A Minustah pediu aos haitianos
"que continuem vigilantes e que não se deixem manipular" pelo que a missão chamou
de "inimigos da estabilidade e democracia no país". (ED)