Abidjan, 12 nov (RV) – Iniciou-se, ontem, em Abidjan (Costa do Marfim), um
seminário promovido pelas Conferências Episcopais da África e Madagascar (Secam) e
pelo Conselho das Conferências Episcopais a Europa (CCEE). O tema é "A Nova Situação
da Missão Ad Gentes: troca de experiências entre presbitérios, agentes pastorais e
formação".
São 40 participantes, entre os quais membros dos episcopados europeus
e africanos e membros dos dicastérios vaticanos (apenas à título de esclarecimento,
os dicastérios correspondem aos ministérios nos demais Estados).
Muita atenção
está sendo dada às dimensões missionárias da Igreja Católica em geral e à importância
da colaboração entre cada igreja em particular. Bastante debatido também o tema da
nova realidade das missões ad gentes sobre vocações sacerdotais e religiosas, bem
como sobre a formação de agentes pastorais e seminaristas na África e na Europa.
Em
sua intervenção, o cardeal-arcebispo de Zagabria e vice-presidente da CCEE, Dom Josip
Bozanic, relembrou que, "após o Sínodo Especial para a África, em 2009, emergiu toda
a vitalidade da Igreja na África". "Porém – ressaltou o purpurado – ainda se ouvem
os pedidos de ajuda de um continente que permanece ferido por tantos problemas, pobreza
e guerra."
Também se pronunciou o cardeal-arcebispo de Dacar e primeiro vice-presidente
do Secam, Dom Théodore-Adrien Sarr, que expressou sua "alegria em oferecer hospitalidade
africana e cristã aos participantes desse terceiro seminário Secam-CCEE".
"Temos
consciência de que a missão, por vontade divina, não pode ser realizada sem a participação
dos seres humanos", disse ele, relembrando que o Concílio Vaticano II afirmou claramente
a natureza missionária da Igreja, "a qual será largamente debatida ao longo do seminário".
"Contudo, desde já podemos afirmar que a Igreja foi, e será, missionária, sempre e
em todos os lugares", concluiu. (ED)