Não obstante a diminuição das vocações, na Igreja a vida religiosa nunca poderá morrer;
salientou o Papa dirigindo-se a um grupo de bispos brasileiros do regional Sul II
(5/11/2010) Bento XVI recebeu esta sexta feira em audiência no Vaticano 25 bispos
do regional sul II da conferencia nacional dos bispos do Brasil em visita ad limina
apostolorum. O Regional Sul II abrange o Estado do Paraná e tem a sua sede em
Curitiba. O Estado do Paraná possui mais de 10 milhões de habitantes dos quais
aproximadamente 70% são católicos. Possui 4 Províncias Eclesiásticas com 4 Arquidioceses,
14 Dioceses e uma Eparquia para os ucranianos católicos. A vida consagrada nunca
poderá morrer na Igreja porque foi o próprio Cristo que escolheu para si esta maneira
de estar no mundo: pobre, casto e obediente; foi o que afirmou o Papa no seu discurso,
salientando: “Por isso a vida consagrada nunca poderá faltar nem morrer na Igreja:
foi querida pelo próprio Jesus como parcela irremovível da sua Igreja. Daqui o apelo
ao compromisso geral na pastoral vocacional: se a vida consagrada é um bem de toda
a Igreja, algo que interessa a todos, também a pastoral que visa promover as vocações
à vida consagrada deve ser um empenho sentido por todos: Bispos, sacerdotes, consagrados
e leigos”.
Se portanto não está em perigo a existencia dos Institutos religiosos,
porém é necessario reflectir sobre como a proposta de seguir Cristo ao longo do caminho
dos conselhos evangelicos deve ser cuidada nos dias de hoje. Bento XVI deteve-se
sobre a delicada relação que passa entre as necessidades pastorais da Igreja particular
e a especificidade carismatica de uma comunidade religiosa. E citando uma passagem
de um documento especificio de 1994, intitulado “a vida fraterna em comunidade afirmou:
«Como a comunidade religiosa não pode agir independentemente ou como alternativa
ou, menos ainda, contra as diretrizes e a pastoral da Igreja particular, assim a Igreja
particular não pode dispor a seu bel-prazer, segundo as suas necessidades, da comunidade
religiosa ou de alguns dos seus membros». Depois de ter esclarecido o
equilibrio que deve regular a relação entre a Igreja local e um Instituto religioso
– e depois de ter reafirmado que cada comunidade de consagrados de antiga e recente
tradição, enriquece a Igreja de que é parte viva – Bento XVI tomou em consideração
o nó da renovação interna que investe cada Congregação. Renovação – salienotu que
depende principalmente da formação dos seus membros. “A capacidade formativa de
um Instituto, quer na sua fase inicial quer nas fases sucessivas, está no centro de
todo o processo de renovação. «De fato, se a vida consagrada é, em si mesma, uma progressiva
assimilação dos sentimentos de Cristo, resulta evidente que um tal caminho terá de
durar a vida inteira para permear toda a pessoa (...) e torná-la semelhante ao Filho
que Se entrega ao Pai pela humanidade”.