TERRA SANTA: ENCONTRO EM JERUSALÉM SOBRE SÍNODO PARA ORIENTE MÉDIO
Jerusalém, 03 nov (RV) - O grande passo do Sínodo foi que os Padres do Oriente
Médio puderam viver juntos durante 15 dias, estabelecer relações cordiais e reforçar
a amizade: foi o que ressaltou o Guardião da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa,
que nesta segunda-feira convocou a Jerusalém religiosos e religiosas para partilhar
com eles a experiência da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente
Médio, realizado no Vaticano de 10 a 24 de outubro próximo passado.
Durante
o encontro foi ressaltado que os dias vividos no Vaticano pelos padres sinodais foram
um "evento histórico sem precedentes", que disse respeito à geografia bíblica numa
população total de 356 milhões de habitantes, da qual apenas 5 milhões são cristãos.
O
Guardião da Terra Santa insistiu sobre a dimensão pastoral do Sínodo. Emergiu que
50% dos cristãos do Oriente Médio se encontram na península arábica – resultado da
imigração árabe, mas, sobretudo, indiana e filipina.
Por sua vez, o professor
e biblista franciscano, Frédéric Manns – que participou do Sínodo – evidenciou os
momentos mais importantes dos dias vividos em assembleia sinodal e falou da vocação
a sermos cristãos num contexto de maioria muçulmana ou judaica.
Falou também
sobre a necessidade de uma nova evangelização, que seja fundada no anúncio do Kerigma
mediante testemunhas autênticas, e auxiliada pela Virgem Maria, "filha de Sion", estrela
do Oriente – exemplo de coragem aos pés da Cruz na qual morreu o seu Filho, num país
em que tantas mães perdem os seus filhos – Ela que é a esperança de todo homem que
sofre. (RL)