Incerto o futuro dos cristãos nos países islâmicos
(3/11/2010) O futuro dos cristãos nos países de maioria muçulmana tornou-se aleatória
e embora a Santa Sé se tenha empenhado e não cessará de empenhar-se para que os cristãos
permaneçam nas suas terras, o movimento migratório parece irreversível . A denuncia
é de D. António Maria Veglió, presidente do conselho pontifício para a pastoral dos
migrantes e itinerantes. As Igrejas orientais, católicas e ortodoxas – salienta
D. António Maria Veglió num testo difundido pelo serviço de informação religiosa -
encontram-se hoje numa situação de dificuldade difusa, como por outro lado se encontra
o cristianismo no próximo e no médio oriente. Os cristãos, e particularmente os jovens,
em muitos países da área ( Líbano, Síria, Iraque, Irão, Egipto, Líbia, Israel , Palestina,
etc.) nestes últimos decénios abandonam a sua pátria em grande numero. A determinar
a fuga são os trágicos eventos de guerra e a situação social, económica e politica
no Oriente.. Verifica-se portanto diariamente – observa D. Veglió – uma diminuição
progressiva da presença cristã em todos aqueles países. A precariedade aconselha os
jovens cristãos a emigrarem e a inserirem-se em diferentes contextos culturais e sociais
com todas as vantagens e infelizmente as desvantagens que daí derivam. Neste cenário
, a Igreja Católica vê com preocupação os problemas sociais emergentes, como o desemprego,
o envelhecimento da população nos países de partida, a entrada irregular, o trafico
de pessoas, a desagregação das famílias , a ausência dos pais nas fase de crescimento
dos seus filhos. Embora a actividade caritativa das comunidades cristãs seja uma resposta
imediata a tais desafios, segundo o presidente do conselho pontifício para a pastoral
dos migrantes e itinerantes é decisivo, obviamente, um empenho politico também a nível
mundial que enfrente as causas ultimas das migrações, sobretudo pobreza, violência,
perseguição, injustiça, subdesenvolvimento e desemprego. Da mesma maneira é decisivo
o empenho cultural, isto é a formação para a centralidade da pessoa, a oposição á
xenofobia, ás vezes favorecida pelos meios de comunicação, o apoio á integração que
salve a identidade das pessoas.