ONU CONDENA ATAQUE À IGREJA CATOLICA EM BAGDÁ: 52 MORTOS
Cidade do Vaticano, 02 nov (RV) – O representante especial do Secretário-Geral
das Nações Unidas no Iraque, Ad Melkert, condenou o ataque, em Bagdá, perpetrado contra
a igreja sírio-católica de Nossa Senhora do Socorro, neste domingo, deixando 52 mortos
e dezenas de feridos. Aproximadamente 100 pessoas estavam participando da missa noturna
no momento do ataque.
O representante da ONU manifestou seus pêsames às famílias
das vítimas e ao governo iraquiano. Ele disse que a violência contra iraquianos, de
origens diferentes, continua a gerar perda de vidas todos os dias. Melkert voltou
a pedir aos líderes do país que apressem a formação de um governo para assegurar a
proteção de seus cidadãos
Manifestou-se também o bispo auxiliar de Bagdá dos
caldeus, Dom Shlemon Warduni. “Nós rezamos pelas vítimas deste terrível atentado e
pelos terroristas para que seus corações se convertam”, disse o prelado. Ainda o diretor
da Sala de Imprensa do Vaticano, Padre Federico Lombardi, falou da preocupação da
Santa Sé por esse dramático episódio, fazendo votos de que não haja mais violência.
Durante
o Angelus, nesta segunda-feira, na Solenidade de Todos os Santos (que a Igreja no
Brasil celebrará no próximo domingo), o Papa falou sobre esse gravíssimo atentado.
"Rezo pelas vítimas desta absurda violência, ainda mais feroz porque atingiu
pessoas indefesas, que estavam na casa de Deus, que é casa de amor e reconciliação.
Expresso minha afetuosa proximidade à comunidade cristã, novamente atingida, e encorajo
todos os pastores e fiéis a serem fortes e firmes na esperança. Diante dos cruéis
episódios de violência, que continuam dilacerando as populações do Oriente Médio,
gostaria de renovar meu forte apelo em favor da paz, que é dom de Deus, mas é também
o resultado dos esforços de homens e mulheres de boa vontade, de instituições nacionais
e internacionais. Todos unam suas forças a fim de que termine a violência" - disse
Bento XVI.
Os cristãos do Iraque pertencem a denominações de tempos bíblicos,
como os caldeus e os assírios. Antes da guerra de 2003, havia cerca de 1 milhão de
cristãos no país, mas o número tem diminuído por causa da violência sectária. (MJ/SP/ED)