2010-10-30 18:41:03

PAPA: SOMENTE EM JESUS ENCONTRAMOS VERDADEIRO AMOR E VERDADEIRA LIBERDADE


Cidade do Vaticano, 30 out (RV) - Uma festa da fé: um momento de alegria e entusiasmo vivido na manhã deste sábado, na Praça São Pedro – no Vaticano – tomada por cerca de cem mil jovens da Ação Católica presentes em Roma, provenientes de toda a Itália para encontrar o Sucessor de Pedro.

Um evento que teve seu ápice no diálogo entre o Papa e os jovens sobre temas candentes como o amor, a educação e o testemunho evangélico na vida cotidiana.

Tenham coragem, "a audácia de não deixar nenhum ambiente sem Jesus": foi o desafio que o Papa lançou aos cerca de cem mil jovens da Ação Católica, num clima de grande afeto e alegria.

A palavra do Pontífice – disse o Presidente da referida associação, Franco Milano – "nos ajuda a ter confiança e a acreditar, mesmo nos momentos mais difíceis, que a esperança continua sendo o horizonte mais digno do homem".

Por sua vez, o assistente espiritual da Ação Católica, Dom Domenico Sigalini, observou que "não é verdade que as Igrejas foram abandonadas pelos jovens" e afirmou que os jovens de hoje "não querem mediocridade ou acomodações, mas sonhos e voos altos".

Também o Arcebispo de Gênova e Presidente da Conferência Episcopal Italiana, Cardeal Angelo Bagnasco, evidenciou as grandes esperanças que a Igreja tem nos jovens, aos quais – disse – os adultos são chamados a dar o bom exemplo.

Em seguida, ressaltou o papel do Papa para os jovens e adolescentes:

"O Santo Padre fala-nos de Jesus, indica-nos a sua verdadeira face, assegura-nos de nos encontrarmos no justo caminho: unidos ao redor do Papa sentimos o calor e a alegria da Igreja, a família dos filhos de Deus. Caros adolescentes e jovens da Ação Católica, sejam amigos de Jesus, amem a Igreja, expressem ao Santo Padre o afeto e a alegria de vocês."

Em seguida, foi a vez do esperado diálogo entre o Santo Padre e os jovens. O Papa respondeu a três perguntas de jovens e educadores da Ação Católica, partindo do tema do encontro "Existe mais, cresçamos juntos". Bento XVI ressaltou que crescer em tamanho não significa tornar-se realmente grandes. E confiou aos presentes uma recordação pessoal:

"Quando era adolescente, quando tinha a idade de vocês, era um dos menores da minha sala e, por isso, tinha mais ainda o desejo de ser um dia muito grande, e não somente grande em tamanho, mas queria fazer algo de grande, mais que a minha vida, embora não conhecesse esta palavra "existe mais"."

Em seguida, o Pontífice ressaltou o que significa, realmente, ser grande, ou seja, crescer na amizade com Jesus. Um ensinamento que também os adultos não devem esquecer:

"Assim Jesus ensinou aos adultos que também vocês são "grandes" e que os adultos devem custodiar essa grandeza, que é a grandeza de ter um coração que quer bem a Jesus."

Ser grande, então – acrescentou "significa amar muito Jesus, ouvi-lo e falar com Ele na oração, encontrá-lo nos sacramentos, na santa missa". O Pontífice reiterou que "amor de Deus" é sempre "amor aos amigos", particularmente aos que se encontram em dificuldade.

O significado autêntico da palavra amor foi também o tema forte da segunda pergunta, à qual o Papa respondeu chamando a atenção para as mensagens errôneas que muitas vezes a sociedade propõe aos jovens:

"É verdade: vocês não podem e não devem se adaptar a um amor reduzido a mercadoria de troca, a ser consumida sem respeito por si e pelos outros, incapaz de castidade e de pureza. Isso não é liberdade. Muito "amor" proposto pela mídia, pela internet, não é amor, mas é egoísmo, fechamento, lhes dá a ilusão de um momento, mas não os torna felizes, não os faz grandes, mas os prende como uma corrente que sufoca os pensamentos e os sentimentos mais bonitos, os verdadeiros impulsos do coração, aquela força inexorável que é o amor e que encontra em Jesus a sua máxima expressão, e no Espírito Santo a força e o fogo que incendeia suas vidas, seus pensamentos e seus afetos."

"É claro – reconheceu o Santo Padre – custa também sacrifício viver o amor de modo verdadeiro", mas o Pontífice se disse certo de que os jovens da Ação Católica não têm "medo da fadiga de um amor comprometido e autêntico", vez que é o único que, afinal de contas, dá a verdadeira alegria!"

Aliás – prosseguiu – "há uma prova que diz se o amor de vocês está crescendo bem: se vocês não excluem os outros de suas vidas, sobretudo os seus amigos que sofrem e estão sozinhos, as pessoas em dificuldade, e se vocês abrem o coração ao grande Amigo que é Jesus.

Por fim, o Papa respondeu a uma educadora da Ação Católica, detendo-se sobre o que significa ser educadores:

"Diria que ser educador significa ter uma alegria no coração e comunicá-la a todos para tornar a vida boa e bonita; significa oferecer razões e metas para o caminho da vida, oferecer a beleza da pessoa de Jesus e apaixonar-se por Ele, por seu estilo de vida, sua liberdade, seu grande amor cheio de confiança em Deus Pai."

No momento de despedir-se, Bento XVI respondeu com afeto ao grande entusiasmo dos jovens:

"Também eu estou muito alegre. Sinto-me revigorado. Obrigado a todos vocês, de coração!" (RL)







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