Roma, 28 out (RV) - “Amar a Terra e todos os seres vivos!”: este é tema do
9º Dia de diálogo cristão-islâmico, que se comemorou ontem, quarta-feira na Itália
com eventos, mesas redondas e encontros. A iniciativa, nascida de uma proposta de
João Paulo II, de observar um dia de jejum, após os acontecimentos de 11 de setembro,
é apoiada por membros de várias Igrejas, teólogos, revistas, escolas, religiosos e
grupos missionários.
Por ocasião do Dia foi divulgada uma mensagem, que este
ano destaca como “forças políticas míopes, que agitam o medo do diferente e do que
não se conhece e que para aumentar esse medo deturpam a realidade com o uso de grosseiras
mentiras, gostariam de ver cristãos e muçulmanos continuassem a fazer a guerra entre
eles”. “Acreditamos que em vez disso – lê-se no documento - seja necessário que cristãos
e muçulmanos, junto com todas outras religiões, assumam posições e comportamentos
à altura da situação em que vivemos e os desafios que nos apresentam os inimigos da
humanidade e da sua reconciliação com o único Deus que juntos adoramos.
Por
ocasião do Dia, a Diocese de Palermo, sul da Itália, organizou um encontro no Centro
de Don, que envolveu Abd al-Hadi Yusuf Dispoto, representante da Coreis (Comunidade
Religiosa Islâmica), e Tommaso Failla, da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O Moderador
do encontro foi o Vice-diretor da Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso,
Bruno Di Maio.
Em Milão, realizou-se no “Espírito de Assis”, um encontro inter-religioso
com judeus, hindus, budistas, cristãos e muçulmanos sobre o tema “Terra, jardim para
viver e compartilhar”. Após uma oração inter-religiosa para a paz um momento de convívio
para todos os presentes. (SP)