Preocupação da comunidade internacional pela possibilidade de aplicar a pena de morte
na Guatemala
(27/10/2010) A comunidade internacional manifestou preocupação por uma resolução
do Congresso da Guatemala que deposita nas mãos do Presidente da República a decisão
de aplicar ou não a pena de morte por injecção letal para os condenados por tribunais
de justiça.
Através da conferencia episcopal, a Igreja Católica no país, expressou-se
várias vezes a favor da vida, um dos pontos principais do seu compromisso pastoral.
Na carta pastoral intitulada "A Glória de Deus é o homem vivo", de 20 de Abril
de 2007, os bispos afirmam: "A Igreja, com a sua benéfica presença em todos os segmentos
da sociedade, não pode renunciar à sua clara missão de ser, como o seu fundador, Jesus
Cristo, fiel defensora da vida".
A União Europeia (UE), um dos maiores parceiros
para o desenvolvimento da Guatemala, deplorou a resolução dos deputados locais, considerando-a
um sinal preocupante enviado à comunidade internacional justamente quando se regista
um consenso global em defesa da abolição universal da pena de morte.
Na Guatemala,
que tentou realizar – sem resultados – a reforma do sistema judicial e da segurança
pública, existem 41 prisioneiros condenados à morte por sequestro ou homicídio. Guatemala,
Cuba e Estados Unidos são os únicos países da América em que está ainda em vigor
a pena de morte. A União Europeia frisou que a violência e o crime organizado
são um grande problema na Guatemala e salientou que as autoridades desse país da
América Central deveriam trabalhar pela progressiva abolição da pena de morte.