ARCEBISPO SARAH: NÃO A POLÍTICA, MAS CRISTO SALVARÁ A ÁFRICA
Cidade do Vaticano, 26 out (RV) - Daqui a menos de um mês, dia 20 de novembro
próximo, Bento XVI criará 24 novos cardeais no terceiro consistório de seu Pontificado.
Entre os futuros purpurados encontra-se também o Presidente do Pontifício Conselho
"Cor Unum", Dom Robert Sarah, original da Guiné, nação da costa oeste da África. Entrevistado
pela Rádio Vaticano, o Arcebispo nos fala de sua emoção e do significado, para o continente
africano, dessa escolha do Papa:
Dom Robert Sarah:- "Estou muito comovido
por ter surpreendentemente recebido essa consideração do Santo Padre, porque não sou
digno de ser chamado ao cardinalato. Sinto-me honrado e buscarei servir a Igreja,
servir a Deus e, sobretudo, mostrar-me sempre mais disponível a um maior empenho,
a fim de que a Igreja seja mais radiante, mais fulgurante. Estou muito contente e,
por isso, agradeço ao Senhor e ao Santo Padre, apesar de não ser merecedor, e prometo
ser um servo para a Igreja e para o Senhor."
P. A seu ver, essa escolha
pode ser, também, um sinal para o continente africano?
Dom Robert Sarah:-
"É um chamado para a Igreja na África a fazer-se mais presente na sociedade africana,
para levar o Evangelho, para levar Cristo e para implantar a Cruz que salva, porque
somente a Cruz poderá salvar o continente africano: não a política, não a economia,
mas Cristo salvará a Igreja e a sociedade africanas. Penso que esse chamado à Igreja
africana deve traduzir-se num compromisso mais forte, a fim de que essa Igreja seja
mais presente em nossa sociedade tão marcada por dificuldades." (RL)