2010-10-25 12:19:38

CHILE: "A FÉ FOI A NOSSA FORÇA"


Cidade do Vaticano, 25 out (RV) - “Tivemos muitos dias difíceis, mas a fé foi a nossa força”: Luis Urzua, o último dos 33 mineiros chilenos libertados após 69 dias na mina de San José de Copiapó, no Chile, conta dessa maneira aqueles trágicos momentos. Topógrafo, de 54 anos e minerador com mais de 30 anos de experiência, Luis era o líder do grupo. O seu agradecimento se dirige a todos aqueles que ao redor do mundo rezaram pela salvação dos mineiros, e em particular a Bento XVI, que acompanhou o caso de perto conservando no seu quarto a bandeira assinada pelos mineiros quando se encontravam a 700 metros de profundidade para pedir a Deus todos os dias a sua libertação. Luiz deu o seu testemunho à Rádio Vaticano.

R. “Eu era o chefe dos 33 mineiros presos na mina de San Jose. Tivemos muitos dias difíceis, mas rezamos muito. Tivemos muitos momentos de oração durante o dia e isso foi a nossa força. Isso nos levou a nos tornarmos um grupo mais compacto, mais unido. Deus era o número 34”.

P. - Como vocês foram capazes de racionar os alimentos nos primeiros 17 dias total isolamento?

R. - “O pouco que tínhamos, devíamos poupar. No último dia não tínhamos mais nada. Quando no 18º dia chegou a sonda, voltou a vida: foi um dos momentos mais bonitos.”

P. - Como vocês organizaram os dias?

R. - “Passávamos os dias falando: conversação, amizade, recordações, em uma catástrofe que para nós foi enorme. Agradeço a todos e à Igreja. Tivemos também uma visita dos bispos do Chile. Agradeço por todas as manifestações de carinho e orgulho. Nosso povo aqui em Copiapó se comportou muito bem, rezando sempre por nós”.

P. - Qual foi o maior medo de vocês?

R. - “Pensei somente na minha família. Fora havia muita gente que estava preocupada e angustiada por nós, porque não sabia nada de seus entes queridos”.

P. – Quanto foi importante para vocês a oração e a fé?

R. - “A oração e a fé foram fundamentais, nos deram força quando nós estávamos desanimados, quando tínhamos perdido a esperança. A fé nos deu esperança para continuar a viver. Entre nós havia religiões diferentes, mas nós estávamos rezando para o mesmo Deus. Naquele momento como trabalhadores estávamos todos na mesma situação”. (SP)








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