2010-10-24 15:51:51

REFLEXÃO PARA O 30º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Cidade do Vaticano, 24 out (RV) - A parábola que o Senhor nos relata neste domingo, fala de dois homens que vão rezar no Templo de Jerusalém. Um é fariseu e outro, publicano.

O primeiro era uma pessoa honesta e íntegra. Fazia até mais do que era prescrito. Contudo, isso lhe provocava um certo orgulho, uma certa vaidade e, ao mesmo tempo, um desprezo pelos pecadores.

O segundo, o publicano, era um cobrador de impostos incorreto, oprimia os pobres e a Lei o obrigava, para se redimir, o pagamento de uma soma exorbitante, praticamente impossível de ser realizado. No entanto, o Senhor diz que a oração do publicano foi ouvida e a do fariseu, não. Por que?

Jesus não está se referindo ao comportamento moral dos dois. Nesse caso, é claro, que o fariseu deveria ser elogiado e o publicano, condenado.

Jesus nos ensina nesta parábola que a grande falha do fariseu foi atribuir sua vida honesta e seus atos corretos a si mesmo, como mérito seu, e apresentá-los como dignos de justificação. Deus não deveria fazer nada mais do que elogiar os atos do fariseu e lhe dar o prêmio merecido com sua atitude de homem do bem. Era esse o pensamento do fariseu. Ele não pede a Deus uma justificação, uma redenção, mas um reconhecimento. Ele se esqueceu que foi Deus quem o conduziu pelo bom caminho e lhe proporcionou fazer o bem e viver com dignidade.

Quanto ao publicano, ele apresenta a única imagem que o ser humano deve assumir diante de Deus: a do pobre, do que se reconhece necessitado e pede. Ele sabe que nada poderá exigir, cobrar, porque não possui condições para isso.

E para nós, quais as consequências dessa parábola?

Primeiro: deveremos olhar Deus não como um contador e nem como um distribuidor de prêmios, mas como o Pai que ama a todos gratuitamente e que deseja nosso amor gratuito.

Segundo: quenão façamos grupo dos bons, no sentido de nos sentirmos especiais a ponto de desprezarmos os outros. Que não nos separemos. Fariseu significa separado! Deus não quer o grupo dos bons e o grupo dos maus. Atenção: na hora de morrer Jesus ecolheu morrer entre dois bandidos!

Terceiro: quem confia nos próprios méritos jamais será agraciado por Deus, pois Ele exalta quem é pequeno, quem se sente pobre e o fariseu se demonstra rico e nada pede. Está cheio de si, de seus feitos. Não precisa de Deus, de sua graça, de sua misericórdia, apenas de seu reconhecimento

O publicano sabe-se devedor a Deus, sua oração nasce de sua miséria. Reconhece que se não houver um Deus misericordioso, seu caso não conhecerá salvação.

A salvação é gratuita! Ninguém pode pretendê-la por julgar-se merecedor. A salvação é misericórdia de Deus paga a caro preço com seu sangue derramado no madeiro da cruz. De fato, não é merecimento. A salvação nos é gratuita porque é dom de Deus! (CAS) RealAudioMP3







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