2010-10-23 19:20:18

Santa Sé na ONU: “o combate á pobreza não é um acto de caridade mas de justiça”


(23/10/2010) Combater a pobreza não é um acto de caridade mas de justiça: foi o que afirmou o arcebispo Francis Chullikatt, observador permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas em Nova Iorque intervindo na passada quinta feira na 65º assembleia geral que decorre no Palácio de Vidro.
A pobreza - disse – é um insulto á nossa comum humanidade, temos os meios para a vencer, mas temos também a vontade?.
O prelado, recordando as promessas e os empenhos assumidos pela comunidade internacional no ano 2000 para diminuir para metade a fome e a miséria entre o ano de 2015 denunciou a diminuição das ajudas da parte dos países doadores por causa da crise actual. Invocou portanto uma maior solidariedade no reconhecimento comum da pertença á única família humana, com base também no principio do destino universal dos bens da terra.
E ao lado da solidariedade – explicou – existe a subsidiariedade , o principio segundo o qual as ajudas não devem estimular a passividade de quem recebe mas promover a sua iniciativa de maneira que os países pobres se tornem os verdadeiros protagonistas do próprio desenvolvimento. Neste contexto o prelado exortou a não marginalizar do mercado, as nações em vias de desenvolvimento mas pelo contraio a fazer de maneira que sejam favorecidas nas trocas comerciais.
O arcebispo Francis Chullikat afirmou depois a necessidade de investir na instrução e na formação para promover o progresso dos povos. Ao mesmo tempo é dever da comunidade internacional garantir o acesso aos medicamentos para os mais pobres perante doenças como a malária, tuberculose, tétano e SIDA. Passados os 60 anos da proclamação e da adopção da Declaração Universal dos Direitos do Homem – concluiu o representante do Vaticano - é inaceitável que centenas de milhões de pessoas vivam ainda em condições desumanas e estejam privadas dos seus direitos fundamentais












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