2010-10-23 13:10:59

Apresentada a mensagem final do Sínodo para o Médio Oriente. Apelo a testemunhar a fé na unidade, a condenação da violência , do terrorismo, qualquer que seja a sua origem, e do extremismo religioso, e o pedido á ONU a pôr termo á ocupação dos diferentes territórios árabes


(23/10/2010) Firmeza na fé, colaboração na unidade e comunhão no testemunho: são os três apelos contidos na Mensagem final do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, apresentado e votada na tarde desta sexta feira. O documento, escrito em italiano, inglês, francês e árabe foi lido na aula sinodal por D. Cyrille Bustros e D. William Shomali, respectivamente presidente e vice-presidente da comissão sinodal para a Mensagem
Aos fiéis é pedido perseverança nas dificuldades, aos padres que dêem o bom exemplo e aos leigos que tenham a coragem de dizer a verdade com objectividade.
Com tom apaixonado o Sínodo fala ás famílias, célula viva da sociedade, ás mulheres para as quais se auspicia uma maior responsabilidade na vida publica, aos jovens para que superem materialismo e consumismo. A mensagem final do sínodo agradece aos jornalistas, ás escolas, aos movimentos eclesiais e sociais pelo seu trabalho levado por diante sem descriminações. O documento pede depois aos emigrantes que mantenham os laços materiais e espirituais com a sua pátria; para os emigrantes, definidos um enriquecimento, reafirma-se a tutela dos direitos.
Depois a pagina do diálogo, ecuménico e interreligioso: o primeiro deve prosseguir, trabalhando juntos pelo bem dos cristãos; o segundo deve ser articulado com judeus e muçulmanos evitando desequilíbrios e promovendo a justiça e a paz. Acerca do aspecto politico, o sínodo chama em causa os governos locais e a comunidade internacional, para que tutelem o direito de cidadania, a liberdade de consciência e de culto. Para o conflito entre israelitas e palestinianos , a solução dos dois estados seja uma realidade e não permaneça um sonho, afirma a Mensagem e o Iraque veja o fim de uma guerra assassina.
Depois de terem pedido que a comunidade internacional e em particular a ONU, adoptem as medidas necessárias para pôr termo á ocupação dos diferentes territórios árabes segundo o mandato das resoluções do Conselho de Segurança os padres sinodais afirmam: o povo palestiniano poderá assim ter uma pátria independente e soberana e viver ali em dignidade e estabilidade, enquanto que o estado de Israel poderá gozar a paz e a segurança dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente .A Cidade Santa de Jerusalém acrescentam depois - poderá encontrar o estatuto justo que respeitará o seu carácter particular, a sua santidade, o seu património religioso para cada uma das três religiões, judaica, cristã e muçulmana.
Na sua mensagem final os padres sinodais condenam depois a violência e o terrorismo, qualquer que seja a sua origem , e o extremismo religioso. Condenam todas as formas de racismo, antisemitismo, anticristianismo e islamofobia e pedem ás religiões que assumam as suas responsabilidades na promoção do diálogo das culturas e das civilizações na região do Médio Oriente e no mundo inteiro.
O Concilio Vaticano II , recorda a mensagem – publicou o documento Nostra Aetate, acerca do dialogo com as religiões, com o judaísmo, o islão e as outras religiões. Outros documentos precisaram e desenvolveram as relações com o judaísmo. Existe depois um dialogo continuo entre a Igreja e os representantes do judaísmo. Esperamos que este diálogo possa levar-nos a agir junto dos responsáveis para pôr termo ao conflito politico que não cessa de nos separar e de perturbar a vida dos nossos países .
Segundo os padres sinodais é tempo de nos empenharmos juntamente por uma paz sincera, justa e definitiva. Nós todos somos interpelados pela Palavra de Deus que fala de paz.
Não é permitido – recorda depois a mensagem final do Sínodo para o Médio Oriente – fazer recurso a posições teológicas bíblicas para fazer delas um instrumento que justifica as injustiças. Pelo contrario o recurso á religião deve levar cada pessoa a ver o rosto de Deus no outro e a tratá-lo segundo os atributos de Deus e os seus mandamentos, quer dizer, segundo a bondade de Deus, a sua justiça, a sua misericórdia e o seu amor por nós.








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