2010-10-22 12:18:55

Onde as pessoas se fortalecem no bem graças à mensagem da fé, sai beneficiada também a convivência social. Bento XVI ao novo Embaixador de Portugal junto da Santa Sé



(22/10/2010) Bento XVI recebeu na manhã desta sexta feira no Vaticano o novo Embaixador de Portugal junto da Santa Sé, Manuel Fernandes Pereira, para a apresentação das Cartas Credenciais .Nesta ocasião o Papa referiu-se á sua visita a Portugal no passado mês de Maio, desejando agradecer uma vez mais a todos o contributo dado para uma serena e frutuosa realização da mesma.
Jamais esquecerei – disse o Santo Padre - o acolhimento caloroso a mim reservado, bem como a maneira gentil e respeitosa com que as minhas palavras foram recebidas. Considero que tudo isto tem também uma importância social: onde a sociedade cresce e as pessoas se fortalecem no bem graças à mensagem da fé, sai beneficiada também a convivência social e os cidadãos sentem-se mais disponíveis para servir o bem comum.

Com a sua presença no fórum internacional, - acrescentou depois Bento XVI - a Santa Sé põe todo o seu empenho em servir a causa da promoção integral do homem e dos povos. Deveria ser convicção de todos que os obstáculos a tal promoção não são apenas de ordem económica, mas dependem de atitudes e valores mais profundos: os valores morais e espirituais que determinam o comportamento de cada ser humano para consigo mesmo, os outros e a criação inteira.

Quando a Igreja, no seu país, - prosseguiu o Papa dirigindo-se ao novo Embaixador de Portugal junto da Santa Sé - promove a consciência de que estes mesmos valores devem inspirar a vida pública e particular, fá-lo não por ambições políticas, mas para ser fiel à missão que o seu divino Fundador lhe confiou. E a este propósito citou uma passagem do Concilio Vaticano II «Dado que a Igreja não está ligada, por força da sua missão e natureza, a nenhuma forma particular de cultura ou sistema político, económico ou social, pode graças a esta sua universalidade, constituir um laço muito estreito entre as diversas comunidades e nações, contanto que nela confiem e lhe reconheçam a verdadeira liberdade para cumprir esta sua missão» (Const. Gaudium et spes, 42). Ela não representa modelos parciais e passageiros de sociedade, mas tende à transformação dos corações e das mentes, para que o homem possa descobrir-se e reconhecer-se a si mesmo na verdade plena da sua humanidade. E dado a sua missão ser de carácter moral e religioso, a Igreja respeita a área específica de responsabilidade do Estado. Ao mesmo tempo encoraja os cristãos a assumirem plenamente as suas responsabilidades como cidadãos para, juntamente com os outros, contribuírem eficazmente para o bem comum e para as grandes causas do homem.

De uma respeitosa colaboração e leal entendimento entre a Igreja e o poder civil, - salientou depois Bento XVI - só poderão derivar benefícios para a sociedade portuguesa. E recordando que há seis anos, nascia a nova Concordata entre a Santa Sé e Portugal, referiu que”com alegria, ouviu o Senhor Embaixador referir e desejo de encorajar os esforços que se estão a fazer para uma completa e fiel aplicação da mesma nos diversos campos da Igreja Católica e da sociedade portuguesa.

Pela intercessão de Nossa Senhora de Fátima, - disse o Papa a concluir - peço ao bom Deus do Céu que assista, com a abundância dos seus dons, Vossa Excelência e sua distinta família, quantos servem o bem comum da Nação portuguesa e todo o seu povo, sobre o qual estende a sua Bênção.








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