AUMENTAM RELIGIOSAS ENGAJADAS CONTRA TRÁFICO DE SERES HUMANOS
Salvador, 20 out (RV) - Concluiu-se em Salvador, na Bahia, o encontro de religiosas
da Rede "Um Grito pela Vida", que preparou 27 pessoas das regiões do norte e do nordeste
do Brasil para atuar na prevenção do tráfico de seres humanos.
O encontro
que teve início no último dia 14, "alcançou resultados positivos" – afirmou Irmã Gabriela
Bottani, integrante brasileira da Rede. Um dos temas considerados mais urgentes a
serem enfrentados, segundo a Rede, foi a exploração sexual de mulheres e crianças.
Foram também utilizados dados oficiais da Organização Internacional para as Migrações
(OIM) a respeito deste crime internacional, assim como dados do Instituto de Pesquisa
Nacional sobre o tráfico de mulheres, crianças e adolescentes (PESTRAF, 2002) que
permitem aprofundar os aspectos relacionados a este problema.
O objetivo do
encontro foi formar "multiplicadores", ou seja, formadores que, por sua vez, possam
formar outras pessoas na prevenção do tráfico de seres humanos e promover o reforço
da Rede na região. Segundo Irmã Gabriela, estiveram representados no encontro os Estados
de Rondônia, Pará, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Maranhão.
"Depois desta
formação, os participantes poderão formar núcleos em suas áreas de competência para
comunicar aos outros, aquilo que aprenderam e alertar para os perigos do tráfico de
seres humanos" – frisou a religiosa.
"É necessário ter e dispor de uma presença
mais capilar, ou seja, alcançar lugares diferentes e sensibilizar sempre mais pessoas"
– ressaltou Irmã Gabriela.
Está agendado para 2011 um encontro de religiosas
em Foz do Iguaçu, no Paraná, para reforçar e ampliar ainda mais as atividades da Rede
"Um Grito pela Vida". "As pessoas estão percebendo como é importante o trabalho das
religiosas e estamos criando oportunidades para a participação dos leigos" – concluiu
a religiosa.
A Rede "Um Grito pela Vida" está ligada à Conferência dos Religiosos
do Brasil (CRB) e atua na prevenção do tráfico de seres humanos com trabalho de sensibilização,
principalmente em meio a comunidades e grupos com maior risco de se tornar vítimas
deste crime organizado. (MJ)