São José do Rio Preto, 14 out (RV) - O mundo é das incertezas. Não podemos
ter plena segurança na fidelidade das pessoas. O que conta e nos dá a plena firmeza
é a fé. É o caminho da certeza da justiça divina. Só quem acredita em Deus consegue
viver de mãos erguidas e de confiança num mundo melhor.
Moisés teve uma atitude
bonita. Colocou-se na posição de súplica a Deus pedindo para que seu povo vencesse
na guerra. Mesmo na condição de chefe, sentiu seus limites e passou a confiar na força
de Javé. Enquanto permanecia de mãos erguidas para o alto, seu povo vencia na luta.
No
mundo dos mortais, não basta às pessoas terem conhecimento teórico e técnico. Nem
sempre a ciência e a prática conseguem emitir uma certeza total. Estamos na condição
temporal, no mundo que deve ser sempre construído e caminhar na busca da perfeição
da obra da criação.
Corremos o risco do endeusamento de nós mesmos. Só Deus
é perfeito e capaz de nos dar plena segurança e certeza. Aqui está o sentido da oração,
da dependência que temos de algo perfeito, que só é encontrado em Deus. Ele é o juiz
da perfeição e da total segurança.
A oração é um ato de insistência, de quem
pede para quem é capaz de responder com segurança. Deus é como juiz, que toma partido
do lado de quem precisa e de quem está vivendo nos limites de suas necessidades e
de sua dignidade.
O juízo de Deus não tem parcialidade. Ele atende a quem
tem interesse pelos valores do Reino. Olha para aqueles que sofrem as injustiças causadas
pelas maldades do mundo. Leva em conta as atitudes de insistência na vivência da fé.
Nem
sempre temos as forças necessárias para cumprir as tarefas que o mundo exige. Não
é fácil sentir a mão protetora de Deus na vida cotidiana. Por isto o nosso coração
deve ser sempre confiante na ação divina. Mãos ao alto em atitude de indefesa, desarmada,
frágil e vulnerável. A fé é a fonte da oração.
Dom Paulo Mendes Peixoto Bispo
de São José do Rio Preto