Portugal eleito membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU
(13/10/2010) A Diplomacia portuguesa garantiu ontem em Nova Iorque a eleição para
um lugar de membro não permanente no órgão mais poderoso da ONU. Os países africanos
votaram em massa em Portugal. Tal como os ibero-americanos, por sugestão espanhola
Lisboa disputava com Alemanha e Canadá uma das duas cadeiras vagas no Conselho
para a Região Europa Ocidental e Outros. Berlim, que partia como favorita, assegurou
um lugar logo à primeira ronda com 128 votos - apenas mais um do que o mínimo e mais
seis do que os conseguidos pela candidatura portuguesa. Depois, no frente-a-frente
com o Canadá, uma das oito maiores economias do mundo, Portugal levou a melhor. Venceu
a segunda ronda por uma vantagem insuficiente, mas que convenceu o Canadá a desistir.
À terceira votação, sem concorrência, Portugal foi eleito pela Assembleia Geral da
ONU com 150 votos a favor. A partir de Janeiro e pela terceira vez na história, Portugal
vai ter um lugar com o seu nome escrito à mesa do Conselho de Segurança De acordo
com fontes diplomáticas, Portugal teve os votos simbólicos de China e Rússia - dois
dos cinco membros com direito de veto -, o apoio maciço dos países africanos e do
mundo árabe, onde Amado fez várias diligências recentes. Mas outros votos que fizeram
pender a balança a favor de Lisboa no frente-a-frente com Otava foram os dos países
da América Latina. E por esses Portugal fica a dever muito a Madrid. Contra o
Canadá jogaram a sua aproximação recente aos EUA na política externa e o facto de
ser mais um dos países do G8. Portugal e Alemanha substituem Áustria e Turquia
no Conselho de Segurança. Além daqueles, foram eleitos para o mandato de dois anos
Índia, pela Ásia, Colômbia, pela América, e África do Sul, por África