Motu próprio de Bento XVI institui o Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização
(12/10/10) É o primeiro mundo que precisa de maneira especifica de uma nova evangelização.
É o que afirma o Papa no motu próprio com o qual institui o Novo Conselho Pontifício
para a Promoção da nova evangelização que já foi confiado ao arcebispo Rino Fisichella. Indiferentismo,
secularismo e do ateísmo, afirma o Papa, alastram sobretudo nos países e nas nações
do chamado Primeiro Mundo, no qual o bem estar económico e o consumismo, embora misturado
com situações terríveis de pobreza e de miséria, inspiram e sustentam uma vida vivida
como se Deus não existisse. Agora – prossegue o Papa na sua carta apostólica –
a indiferença religiosa e a total insignificância pratica de Deus para os problemas
também graves da vida não são menos preocupantes e eversivos do que o ateísmo declarado.
E mesmo a fé cristã, embora sobreviva nalgumas suas manifestações tradicionais e rituais,
tende a estar desenraizada dos momentos mais significativos da existência; o nascimento,
o sofrimento e a morte. Uma perda preocupante do sentido do sagrado acompanhou
as transformações sociais a que assistimos nas últimas décadas , ao lado dos gigantescos
progressos da ciência e da técnica, ao alargamento “das possibilidades de vida e dos
espaços de liberdade individual, ás profundas mudanças em campo económico, ao processo
de mistura de etnias e culturas causado pelos fenómenos massivos das migrações, á
crescente interdependência dos povos, difundiram-se duvidas a cerca dos fundamentos
que pareciam indiscutíveis, como a fé e a compreensão comum das experiencias fundamentais
do homem: nascer, morrer, viver numa família, a referencia a uma lei moral natural:
esta a denuncia de Bento XVI contida na sua carta apostólica com qual institui o conselho
pontifício para a promoção da nova evangelização. Tudo isto – sublinha – não ficou
sem consequências também no que diz respeito á dimensão religiosa da vida do homem.
Os inegáveis benefícios derivantes de tais transformações foram saudados como uma
libertação, mas – salienta o Papa – depressa nos demos conta do deserto interior que
nasce lá onde o homem, querendo ser o único artífice da própria natureza e do próprio
destino, se encontra privado daquilo que constitui o fundamento de todas as coisas. Inteiros
países e nações, onde a religião e a vida cristã, um tempo eram floridas e capazes
de dar origem a comunidades de fé viva e operante, vivem hoje duras provações, sendo
ás vezes transformadas radicalmente, pela difusão continua do indiferentismo , secularismo
e ateísmo. Trata-se em particular – escreve o Papa citando João Paulo II e a sua
Christifidelis laici – dos países e das nações do chamado Primeiro Mundo, no qual
o bem estar económico e o consumismo, conduzem a uma vida, vivida como se Deus não
existisse.