2010-10-09 18:30:03

IGREJAS PARTICIPAM DOMINGO DE MOBILIZAÇÃO CONTRA HANSENÍASE


Brasília, 09 out (RV) - Mais de dez mil paróquias e igrejas cristãs do Brasil participam, neste domingo, dia 10, de uma mobilização para o combate à Hanseníase. Durante as missas e celebrações, os sacerdotes e outros religiosos vão alertar os fiéis sobre a importância do diagnóstico precoce e informá-los sobre o tratamento da doença, que tem cura. A campanha foi lançada na sexta-feira, dia 8, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O secretário-geral da CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, informou que foram encaminhadas cartas às paróquias, contendo as orientações para a mobilização. "Ainda há muita desinformação sobre essa doença" – disse Dom Dimas.

De acordo com o Ministério da Saúde, o número de casos da doença vem diminuindo desde 2003, porém, o Brasil ainda aparece na lista dos países com grande prevalência da Hanseníase, como a Etiópia, a Índia e o Sudão. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) notificou 240 mil casos em 141 países: 54,6% desses casos se verificaram na Índia, e 15,4%, no Brasil.

A maior incidência da doença ocorre nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, principalmente em localidades com assentamentos. Em 2003, foram registrados 51.941 casos, contra os 37.610 de 2009, conforme dados do Ministério.

A doença tem-se manifestado com frequência entre jovens com menos de 15 anos. Em 2006, foram identificados 3.444 casos nessa faixa etária. No ano passado, o número diminuiu para 2.669.

"A criança pode desenvolver a doença quando estiver adulta, como ocorre na maioria dos casos. Mas isso significa que há um adulto perto dela, com Hanseníase contagiosa, que está sem tratamento. A Igreja pode nos ajudar porque, muitas vezes, vai aonde as equipes de saúde não conseguem" – disse a diretora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, do Ministério da Saúde, Maria Aparecida Grossi.

Segundo Maria Aparecida, o tempo de contágio e de aparecimento dos sintomas varia de três a cinco anos. Os primeiros sintomas da Hanseníase são manchas brancas e avermelhadas na pele e áreas do corpo, com perda de sensibilidade. Por exemplo, quando a pessoa se corta ou se queima nessas áreas do corpo e não sente dor.

A doença infecciosa atinge pele, nervos, braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz, podendo provocar deformidades físicas quando chega a um estágio avançado. A Hanseníase é transmitida pelo ar, pela tosse ou espirro do doente. O tratamento – à base de comprimidos diários – dura de seis meses a um ano e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan) dispõe de um telefone gratuito para quem quiser tirar dúvidas sobre a doença: 08000 26 2001.(AF)







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