2010-10-09 20:05:29

FREI PIZZABALLA SOBRE IGREJAS ORIENTAIS: COMUNHÃO E TESTEMUNHO


Cidade do Vaticano, 09 out (RV) - A Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos terá início neste domingo com a celebração eucarística presidida pelo Papa às 9h30 locais, na Basílica de São Pedro. Com o tema "A Igreja Católica no Oriente Médio: comunhão e testemunho. A multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma" (At 4, 32), o encontro sinodal se concluirá no próximo dia 24 deste mês. Cento e oitenta e cinco padres sinodais tomarão parte do encontro. Refletirão juntos sobre os muitos aspectos religiosos e pastorais da vida das comunidades cristãs na Terra Santa. Uma riqueza de comunidade da qual nos fala o Guardião da Terra Santa, Frei Pierbattista Pizzaballa, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Frei Pierbattista Pizzaballa:- "Um dos desafios principais é manifestar – porque já existe – uma maior comunhão entre todas as Igrejas, mesmo porque as Igrejas católicas são muitas, de tradições diferentes e todas tendem a ter uma vida autônoma própria. Ao invés, é importante dar não somente a impressão, mas também o testemunho concreto à comunidade cristã católica de que somos uma única Igreja e de que trabalhamos juntos. Isso concretamente significa não criar duplas ou tríplices atividades que se sobreponham; manter, por exemplo, uma comunhão nas atividades das escolas. Ter diversas Igrejas e diferentes ritos não representa um problema, mas é uma tradição e uma riqueza própria das Igrejas no Oriente Médio. As muitas Igrejas são expressão de uma tradição antiquíssima que deve ser conservada. Porém, é importante manifestar a unidade entre todas essas Igrejas, salvaguardadas as identidades e as tradições de cada uma. Isso talvez deva ser manifestado hoje ainda mais, a partir do momento em que a sociedade mudou, os meios de comunicação unificam e criam uma maior proximidade. É importante que na vida concreta dessas Igrejas se manifeste visivelmente essa proximidade."

P. Alguns bispos expressaram certa preocupação em relação à possibilidade de politização do Sínodo. O senhor tem alguma preocupação nesse sentido?

Frei Pierbattista Pizzaballa:- "O Sínodo é, em primeiro lugar, um evento eclesiástico, eclesial e religioso. Naturalmente, quando se deve falar dos problemas da comunidade cristã, devem ser abordados também os problemas de caráter social e os problemas políticos, porque nós vivemos num território e não se pode evitar tocar esses temas que serão, porém, secundários em relação ao cerne do interesse do Sínodo, que tem um interesse, sobretudo, de caráter religioso e pastoral." (RL)







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