2010-10-09 14:34:02

De 10 a 24, no Vaticano, assembleia do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente.


A solene celebração eucarística que Bento XVI presidirá amanhã, domingo, às 9.30, na basílica de São Pedro, com 250 concelebrantes, constituirá o início da assembleia especial do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, que tem como tema “A Igreja Católica no Médio Oriente: comunhão e testemunho. ‘A multidão dos crentes tinha um só coração e uma só alma’.” Ao longo de duas semanas, até 24 de Outubro, 185 participantes reúnem-se com o Papa, no Vaticano, para debater a situação da Igreja na região que viu nascer o Cristianismo, mas onde este corre hoje o risco de desaparecer, dado que os fiéis vivem situações muito difíceis, por motivos de violência, terrorismo, migração forçada e discriminação.
Nesta sexta-feira, numa conferência de imprensa para apresentação desta assembleia, o secretário-geral para o Sínodo dos Bispos, D. Nikola Eterovic, sublinhou que, embora o encontro deva ser acima de tudo “pastoral”, não pode contudo descurar o quadro social e político da região.
Para o Arcebispo Eterovic, esta assembleia extraordinária, convocada por Bento XVI, será uma “ocasião para apresentar a riqueza das Igrejas Orientais Católicas ao mundo inteiro”. Os cristãos (observou) são chamados a “apoiar cada vez mais, tanto espiritual como materialmente, os seus irmãos e irmãs do Médio Oriente, em particular os que vivem situações mais difíceis”.
Referindo-se expressamente à Terra Santa, D. Nicolau Eterovic sublinhou que “é do interesse de toda a Igreja que a terra de Jesus não se torne um museu cheio de monumentos e pedras preciosas, mas que continue a ser uma Igreja viva, construída com pedras vivas”. “Os cristãos do Médio Oriente são, muitas vezes, artífices da paz e criadores do perdão e da reconciliação, tão necessária”, acrescentou.
Respondendo aos jornalistas, o Arcebispo croata sublinhou, “com satisfação, que todos os países do Médio Oriente subscreveram a carta da ONU sobre os direitos humanos, entre os quais está, também, o direito à liberdade religiosa, à liberdade de consciência”. “Este é um direito natural, que vale para todos, para lá de concepções culturais, religiosas ou de outra índole”, concluiu.
O Sínodo pode ser definido, em geral, como uma assembleia dos bispos que representam o episcopado católico e que têm o dever de ajudar o Papa no governo da Igreja universal, dando o próprio conselho. Desde 1967, o Sínodo dos Bispos teve 12 assembleias gerais ordinárias e duas extraordinárias (1969 e 1985), a que se somam outras nove assembleias especiais: duas para a Europa e outras duas para a África; uma para a Ásia, América e Oceânia; uma para os Países Baixos e outra para o Líbano.








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