2010-10-07 13:11:14

Estado e Igreja estão chamados a desenvolver uma colaboração leal e respeitosa, para servir a vocação pessoal e social das pessoas”. Bento XVI ao novo Embaixador do Chile junto da Santa Sé


(7/10/2010) Recebendo nesta quinta-feira de manhã, no Vaticano, o novo Embaixador do Chile junto da Santa Sé, Fernando Zegers Santa Cruz, Bento XVI evocou os 200 anos da independência deste país sul-americano, sublinhando a papel da Igreja na vida chilena e na consolidação da identidade nacional. Recordando o terrível terramoto que afectou recentemente o Santo Padre pôs em destaque, com apreço, “a unidade do povo chileno perante as desgraças” e “a sua resposta tão generosa e solidária”.

Referindo os “numerosos frutos que o Evangelho produziu nesta abençoada terra” (santidade, caridade, promoção humana, busca da paz), o Papa recordou que ocorre agora o vigésimo quinto aniversário da assinatura do Tratado de Paz e Amizade com a Argentina, pondo termo, com a mediação pontifícia, a um diferendo territorial.

“Este histórico Acordo ficará para as gerações futuras como um luminoso exemplo do bem imenso que a paz traz consigo, assim como da importância de conservar e fomentar aqueles valores morais e religiosos que constituem o tecido mais íntimo da alma de um povo”.

Bento XVI considera “importante, por maioria de razão quando tantos desafios ameaçam a própria identidade cultural, favorecer especialmente entre os mais jovens um são orgulho, um renovado apreço e revalorização da sua fé, história, cultura, tradições e riqueza artística, e daquilo que constitui o melhor e mais rico património espiritual e humano do Chile”.

Quase a concluir o discurso ao novo Embaixador chileno, o Papa sublinhou ainda que, “embora a Igreja e o Estado sejam independentes e autónomos no seu próprio campo, ambos estão chamados a desenvolver uma colaboração leal e respeitosa, para servir a vocação pessoal e social das pessoas”.

“Quando a Igreja levanta a sua voz perante as grandes questões e problemas actuais (guerras, fome, pobreza extrema, defesa da vida humana, promoção da família fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher e primeira responsável da educação dos filhos), (a Igreja) não actua por um interesse particular ou por princípios que só podem advertir os que professam uma determinada fé religiosa. Respeitando as regras da convivência democrática, fá-lo para o bem de toda a sociedade e em nome de valores que todas as pessoas podem partilhar com a recta razão”.








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