2010-10-06 19:50:34

SANTA SÉ PREOCUPADA COM REJEIÇÃO A REFUGIADOS


Genebra, 06 out (RV) - O compromisso constante em favor dos refugiados, a preocupação pelas rejeições em países que não respeitam os direitos humanos e a prática da detenção dos que pedem asilo: esses foram os temas que estiveram no centro do pronunciamento, nesta terça-feira, do Observador Permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, na 61ª sessão do Comitê executivo do Acnur, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.

Reduzir o número daqueles que pedem a proteção do Alto Comissariado da ONU para Refugiados: um objetivo árduo, mas não impossível, que se pode alcançar somente através do reconhecimento, da defesa e da promoção dos direitos humanos em campo político, social e econômico.

Assim falou o representante vaticano diante do Comitê executivo do Acnur, ao qual felicitou pelo trabalho que realiza desde 1951, quando em Genebra foi assinada a Convenção relativa ao status de refugiado e se ativou o organismo que em 2011 festejará seus 60 anos.

O Arcebispo ressaltou que o que preocupa a Santa Sé é a tendência de alguns países desenvolvidos a divulgar os procedimentos de determinação do status, especialmente naqueles lugares em que se registram mais frequentemente violações dos direitos humanos, e em que os que pedem asilo são separados das famílias e encarcerados e até mesmo as crianças são detidas.

Há ainda muito caminho a percorrer: de fato, o último relatório sobre as prioridades estratégicas globais evidenciou a presença de 1777 relatos de rejeição em ao menos 60 países. "Isso nos coloca face a face com um déficit de consideráveis proporções na atividade de proteção" – ponderou Dom Tomasi.

Além disso, observou, o esforço do Acnur deve voltar-se para a questão do registro do surgimento das chamadas "pessoas em risco", e dos portadores de deficiência.

Por fim, o prelado quis recordar a situação dos refugiados: um número que cresceu de modo exponencial este ano por causa do sismo no Haiti e das enchentes no Paquistão. É necessário encontrar soluções rápidas e eficazes como os programas de repatriação voluntária. Esse é o desafio que o Acnur deve preparar-se para enfrentar no futuro – frisou. (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.