Hanói, 05 out (RV) - Foi recebida com alegria, entre os católicos vietnamitas,
a notícia de que Bento XVI recordará o Cardeal François-Xavier Nguyên Van Thuân, no
dia 22 de outubro.
No dia 22 do corrente, à distância de três anos do anúncio
de início da causa de Beatificação, se terá a solene sessão de abertura da investigação
diocesana sobre a vida, sobre as virtudes e sobre a fama de santidade do cardeal vietnamita
François-Xavier Nguyên Van Thuân.
O cardeal passou 13 anos de sua vida nas
prisões do regime comunista de 1975 a 1988, sem ter sido processado. Em 1991, ele
foi forçado a abandonar seu país e foi recebido pelo Papa João Paulo II na Cúria Romana.
Em 1988 foi nomeado Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz”. Em 21 de fevereiro
de 2001 foi criado cardeal.
Quando ele estava saindo da prisão, alguns de
seus companheiros lhe perguntaram qual era a sua força secreta que lhe permitiu sobreviver.
“O que me deu força - respondeu ele - foi a Eucaristia”.
É profunda admiração
entre os católicos vietnamitas pelo Cardeal Van Thuân. É um exemplo de santidade para
todos. Ele é muito conhecido por paroquianos e leigos, católicos e não católicos,
idosos e crianças, doentes e presos, ricos e pobres. Todo mundo está convencido de
que tinha muita fé, acreditava em Deus e a Deus confiou a sua alma.
É a fé
que o sustentou durante os longos anos nos quais ele tinha de celebrar a Missa em
segredo, com três gotas de vinho e uma de água na palma da mão e a hóstia levada escondida
pelos seus fiéis. À noite, os presos se dedicavam, em turnos, à adoração da Eucaristia,
Jesus o ajudou de modo grandioso com a sua presença silenciosa. Naqueles dias, muitos
cristãos reencontrarm o fervor da fé, budistas e não-cristãos se converteram. Seus
pensamentos espirituais, escritos atrás de velhos calendários foram distribuídos em
todo o mundo e inspiraram milhões de pessoas.
É um exemplo para todos nós.
A força de seu amor por Jesus é fascinante. A escuridão da prisão tornou-se luz, a
semente germinou durante a tempestade. (SP)