2010-10-03 17:46:55

Salvaguardar sempre a dimensão “vertical” da identidade sacerdotal, foi o pedido do Papa que recordou que o sacerdote não pode permanecer distante das preocupações quotidianas do Povo de Deus.


(3/10/2010) Na catedral de Palermo o Papa Bento XVI teve esta tarde um encontro com os padres, religiosos, religiosas e seminaristas Nas palavras que lhes dirigiu recomendou com insistência que fossem pessoas de oração, centrando toda a existência na Eucaristia quotidiana. Aludindo à adoração eucarística que tinha tido lugar no início do encontro, o Papa observou que é na Eucaristia que “se revela e faz sentir o sentido profundo daquilo que somos: membros do Corpo de Cristo que é a Igreja”.

“Prostrado diante de Jesus, aqui no meio de vós, pedi-lhe que inflamasse os vossos corações com a sua caridade, de tal modo que sejais assimilados a Ele e possais imitá-lo na mais completa e generosa doação à Igreja e aos irmãos”.

Interpelando directamente os padres presentes, o Santo Padre exortou-os a serem “sempre homens de oração, para poderem ser mestres de oração”. Uma oração que, como o era para Jesus, dê a cada padre ocasião para “um colóquio regenerador com o Pai”. O Papa reconheceu a dificuldade de permanecer fiel a estes momentos quotidianos de oração, mas – insistiu – precisamos de nos convencer de que é fundamental o momento da oração, pois nela actua com mais eficácia a graça divina, que dá fecundidade ao ministério.
Por outro lado – prosseguiu Bento XVI – “o sacerdote não pode permanecer distante das preocupações quotidianas do Povo de Deus: deve estar-lhes muito próximo, mas sempre na perspectiva do Reino de Deus. É essencial para a Igreja salvaguardar sempre a dimensão “vertical” da identidade sacerdotal.
“Demonstração particularmente vigorosa e iluminante” disto mesmo são os exemplos de vida de padres santos como o Cura d’Ars e diversas figuras sicilianas, até mesmo dos nossos tempos:

“A Igreja de Palermo recordou recentemente o aniversário do bárbaro assassínio do padre Giuseppe Puglisi, deste presbitério, morto pela máfia. Ele tinha um coração que ardia de autêntica caridade pastoral; no seu zeloso ministério, deu grande espaço à educação das crianças e dos jovens, esforçando-se ao mesmo tempo para que todas as famílias cristãs vivessem a vocação fundamental de primeira educadora dos filhos.”

Recordando que está em curso a causa de beatificação deste “bom pastor”, de cuja “riqueza espiritual” se pôde alimentar o povo que lhe estava confiado, Bento XVI exortou os padres de Palermo e de toda a Sicília, a não esquecerem o exemplo de padre Puglisi:

“Exorto-vos a conservar viva a memória do seu fecundo testemunho sacerdotal, imitando o seu heróico exemplo”.











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