2010-09-30 12:30:21

BRUXELAS: CRISTÃOS CONTRA POBREZA NA EUROPA


Bruxelas, 30 set (RV) - A Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) e as Caritas da Europa pedem mais compromisso da União Europeia (UE) na luta contra a pobreza e a exclusão social na Europa.

O apelo será feito ao Parlamento Europeu nesta quinta-feira, em Bruxelas, na Bélgica, através de um documento que apresenta uma análise caracterizada pela falência dos compromissos assumidos no combate à pobreza e a exclusão.

No ano 2000, a União Europeia se comprometeu a reduzir a pobreza até 2010, mas ainda hoje as pessoas em risco são 84 milhões, 17% da população da comunitária europeia. Em junho passado, o Conselho Europeu dos Chefes de Estado e de Governo prometeram reduzir para 20 milhões o número de indigentes.

O documento intitulado "Não negar a justiça aos pobres" faz perguntas e pede mudanças. A porta-voz da COMECE, Johanna Touzel, um dos organismos promotores do relatório, frisou que "existem âmbitos em que a União Europeia e os Estados membros podem fazer ainda muito".

"Os pobres não devem ser considerados como objetos, mas protagonistas, envolvidos nos projetos de solidariedade e participação. As experiências de voluntários das dioceses, organizações católicas e de missionários podem indicar estradas novas, mais eficazes, sobretudo num momento historicamente difícil, marcado pelas conseqüências da crise econômica internacional iniciada em 2008" – sublinhou Johanna.

O presidente da COMECE, Dom Adrianus van Luyn, ressaltou que em julho durante um encontro com os chefes de Estado e Governo da UE que a pobreza não é somente uma condição material, mas também um fato espiritual de isolamento.

"Não podemos permitir que os pobres e os mais vulneráveis de nossa sociedade se tornem vítimas desta crise. Não podemos fazer cair sobre as futuras gerações a tarefa de consertar os nossos erros" – sublinhou o prelado.

A apresentação do documento hoje em Bruxelas se insere no quadro das iniciativas para o Ano Europeu de combate à pobreza e a exclusão social. Além da COMECE e da Caritas da Europa, trabalharam na elaboração do documento as organizações cristãs da federação Eurodiaconia e a Conferência das Igrejas Européias (CEC/KEK), associação que reúne as principais Igrejas protestantes, ortodoxas e anglicanas. (MJ)








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