Violações reais de direitos em diversos níveis do discurso público sobre a religião.
(29/9/2010) O Observador Permanente da Santa Sé junto das Nações Unidas, em Genebra,
arcebispo Silvano Maria Tomasi, pronunciou-se por ocasião da 15ª Sessão do Conselho
de Direitos Humanos da ONU, que decorre naquela cidade suíça.
De acordo com
D. Silvano Tomasi, “a religião ganhou maior visibilidade pública nos últimos anos,
entretanto, tem-se alargado também uma atitude ‘anti-religião’, relacionada com as
discriminações e os preconceitos”.
“A minha delegação – prosseguiu o observador
permanente da Santa Sé – gostaria de esclarecer a inter-relação e a contradição entre
reclamações abstractas e violações reais de direitos que aparecem em diversos níveis
do discurso público sobre a religião.”
O arcebispo falou ainda do benefício
e do avanço social que representam as liberdades de pensamento e de expressão, salientando
que as opiniões manifestadas em debate público a respeito da religião não podem ser
consideradas ofensas quando feitas com respeito e justiça.
Propôs que sejam
encontradas novas formas de diálogo e educação, no sentido de identificar e promover
valores compartilhados e princípios universais, em sintonia com a dignidade e a natureza
da pessoa humana, dirigidos para o bem comum. São muitas afirmou ainda, “as áreas
nas quais a Igreja Católica, outras religiões e as autoridades públicas podem trabalhar
juntas pelo bem dos cidadãos”.