La Paz, 28 set (RV) - A Conferência Episcopal da Bolívia entregou um documento
ao Governo contendo algumas observações sobre o projeto de lei contra a discriminação
e o racismo, que estão aumentando no país.
No documento intitulado "As leis
a serviço do bem comum" os bispos fazem uma reflexão crítica sobre estes problemas
em vista da construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Os prelados
reiteram que "a Igreja rechaça toda forma de discriminação e racismo, comportamentos
que violam a liberdade e a igualdade das pessoas, e renova seu compromisso na lei
natural universal e nos valores de nossas culturas, porque somos filhos de Deus, criados
à sua imagem e semelhança e, portanto, iguais em dignidade" – frisam os bispos.
Segundo
a Conferência Episcopal boliviana, uma nação que busca superar formas de discriminação
se compromete a construir uma sociedade onde todos sejam um no respeito pela diversidade.
"É necessário lutar contra a discriminação em nossa sociedade e também garantir
que qualquer legislação a respeito seja compatível com os princípios da pluralidade,
liberdade de pensamento e expressão, promovendo a educação aos valores e não a restrição
de direitos e liberdades fundamentais" – ressaltam os bispos bolivianos.
Segundo
os prelados, a imposição de um pensamento único e uma visão única da pessoa e da sociedade
ameaçam uma vida social saudável e o sistema democrático.
A Conferência Episcopal
da Bolívia convida os cidadãos a terem mais interesse pelo conteúdo e conseqüências
de um projeto de lei que, não obstante pretenda erradicar a discriminação da sociedade
boliviana, assim como foi redigido pode criar sérios riscos para o exercício dos direitos
fundamentais das pessoas e instituições sociais. (MJ)