DOM NICHOLS ESCREVE SOBRE A VISITA DO PAPA AO REINO UNIDO
Cidade do Vaticano, 24 set (RV) - O Papa, na sua recente viagem, “fixou uma
nova agenda para a Igreja do Reino Unidos”, para que “encontre novas maneiras de falar
sobre a fé em nossa complexa sociedade e para que coopere mais com o governo em muitas
questões internacionais de interesse mútuo”. É o que afirma o Arcebispo de Westminster
e Presidente da Conferência Episcopal da Inglaterra e País de Gales Dom Vincent Nichols,
em um artigo publicado ontem na primeira página do jornal vaticano L'Osservatore Romano.
Sublinhando
o “extraordinário sucesso” da visita, Dom Nichols resume em três pontos as indicações
dadas pelo Papa aos bispos britânicos. Em primeiro lugar, falar de fé a todos com
“cortesia e sensibilidade diante dos sucessos e fracassos das pessoas que escutam,
abertura de coração, disponibilidade a dizer coisas difíceis com clareza e com razão,
capacidade de não subestimar as exigências da fé”. “Espero – afirma o prelado – que
todos aqueles que na Grã-Bretanha estão procurando falar sobre a fé mostrem essas
qualidades”.
Em segundo lugar Dom Nichols destaca, citando a homilia na Catedral
de Westminster, que o Papa “nos pede para testemunhar a beleza da santidade, o esplendor
da verdade e da alegria e da liberdade de um relacionamento com Cristo”, como ocorreu
nas sugestivas liturgias da visita, “repletas de fervoroso silêncio”, e da presença
de muitos jovens que prometeram ser os santos do século XXI”.
O terceiro aspecto,
resume o presidente dos bispos ingleses, é o convite a aprender com nossos erros
e “superar as nossas falências”, em alusão aos casos de abusos sexuais.
Enfim
o Papa – conclui Dom Nichols – “nos deixou uma agenda de maior cooperação com as autoridades
públicas para o bem comum” da crise financeira à luta contra a pobreza e a mortalidade
infantil e materna nas áreas mais desfavorecidas do planeta. Em suma, “foi uma visita
verdadeiramente notável”, na qual o Papa contribuiu a um passo importante na nossa
rica história e nos ajuda a definir o nosso futuro”. (SP)