Aplicação dos Objectivos do Milénio em debate em Nova Iorque: Secretário-geral da
ONU destaca avanços mas diz que continua muito por fazer
(21/9/2010) Secretário-geral da ONU apelou aos líderes mundiais reunidos em Nova
Iorque para utilizarem o seu poder para garantir a realização dos Objectivos de Desenvolvimento
do Milénio, e assim ajudar os mais pobres do mundo. Chefes de Estado e de Governo
de todo o mundo iniciaram nesta segunda-feira, uma reunião de três dias na sede da
ONU, em Nova Iorque, para renovar e acelerar a promessa que fizeram na cimeira do
Milénio, onde foram estabelecidos os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM),
cujo principal componente é reduzir a pobreza extrema no mundo para metade até 2015.
Na abertura da conferência, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, destacou que,
apesar dos reveses provocados pela crise económica e financeira internacional na percussão
dos OMD, estes ainda "são realizáveis". "O relógio está a correr e ainda há muito
a fazer. Temos de enviar uma poderosa mensagem de esperança" e cumprir "a nossa promessa",
destacou o secretário-geral da ONU. "Temos de alcançar os Objectivos do Milénio.
Queremos alcançá-los. E podemos alcançá-los", afirmou, por sua vez, o presidente da
65º Assembleia Geral das Nações Unidas, o suíço Joseph Deiss, que também discursou
na abertura do encontro. A Declaração do Milénio foi assinada em 2000 por chefes
de Estado e de Governo de 189 países, que se comprometeram a lutar contra a pobreza
e fome, a desigualdade de género, a degradação ambiental e o vírus do VIH/SIDA. Assumiram
ainda o compromisso de melhorar o acesso à educação, a cuidados de saúde e a água
potável. O secretário-geral da ONU deverá revelar esta Quarta-feira um plano para
melhorar a saúde infantil e maternal, depois de vários estudos terem indicado que
os progressos neste campo terão um efeito multiplicador significativo nos Objectivos
de Desenvolvimento do Milénio. A , da Igreja Católica, espera que os cerca 140
chefes de Estado participantes na cimeira “sejam mais audazes” e capazes de “maior
radicalidade” nas medidas a tomar.