CAPUCHINHOS, ZELO PASTORAL ÀS MARGENS DO RIO AMAZONAS
Manaus, 08 set (RV) - Os Frades Capuchinhos estão engajados há mais de cem
anos no zelo pastoral às margens do Rio Amazonas.
O Rio Amazonas é formado
pelo encontro entre o Rio Solimões e o Rio Negro. Às margens do Rio Solimões, vivem
milhares de pessoas. Algumas, em colônias permanentes, outras em pequenos grupos de
cabanas. São pobres e geralmente vivem da pesca.
O frei capuchinho Gino Alberati
trabalha com eles há mais de 30 anos e os conhece bem. "Existem 14 grupos étnicos
ao longo do rio" – disse ele num recente encontro na sede internacional da Fundação
Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), em Königstein, na Alemanha.
O sacerdote, 69
anos, atende 27 comunidades a partir do seu centro missionário, Santo Antônio do Içá.
Desde 2004, Frei Gino tem à disposição uma lancha a motor de 15 metros, chamada
"Fraternidade Itinerante". Com ela, conseguiu dar um grande impulso à pastoral nas
comunidades às margens do Rio Amazonas. O frei passa dias inteiros sobre as águas.
Através do apostolado via fluvial, Frei Gino consegue visitar as comunidades, batizar
adultos e crianças, celebrar missas, casamentos e ouvir confissões.
É muito
engajado no trabalho pastoral com os jovens e oferece curso de formação para catequistas.
Muitas das atividades, inclusive a missa, se realizam a bordo da "Fraternidade Itinerante".
O capuchinho se empenha também em transportar pessoas que não podem pagar o transporte
público, intervém em emergências ajudando as pessoas que devem ser levadas ao hospital.
Entre seus projetos, está um novo barco, que com a ajuda da AIS, deve ser
utilizado pelos Capuchinhos de Benjamin Constant, cidade à margem do Rio Solimões,
no trabalho pastoral na área, alcançando assim as comunidades do Brasil e do Peru,
assim como desejado pelo bispo local.
O barco, que deve ficar pronto até janeiro
de 2011, permitirá aos frades lançar o "Projeto Javari", 40 dias em missão envolvendo
não apenas catequistas, mas médicos e dentistas, num programa de prevenção da malária.
A iniciativa conta com o apoio do bispo da Diocese de Alto Solimões, Dom Evangelista
Alcimar Caldas Magalhães, também capuchinho. (MJ)